Sete hospitais portugueses participam em estudo ibérico sobre tromboembolismo venoso
Estima-se que os resultados do estudo PROTINCOL, cujo principal foco é o cancro do cólon, sejam apresentados no último trimestre de 2025. A identificação dos doentes que necessitam de terapêutica anticoagulante surge como uma necessidade urgente para evitar que alguns doentes possam estar expostos, desnecessariamente, ao risco de hemorragias.
O coordenador do estudo em Portugal, Hélder Mansinho, Diretor do Serviço de Hemato-Oncologia do Hospital Garcia de Orta, refere que “os doentes com cancro do cólon que sofrem de tromboembolismo venoso têm um pior prognóstico e geram custos acrescidos em saúde. Se a individualização da profilaxia antitrombótica puder reduzir as complicações do tratamento oncológico ambulatório e for custo-efetiva, será uma mais-valia no cuidado futuro de doentes com cancro colorretal metastático. Estima-se que os resultados do estudo PROTINCOL sejam apresentados no último trimestre de 2025”.
Esteve Colomé, Diretor do Departamento Médico da Unidade de Trombose da LEO Pharma, comenta que “o uso de novos e mais eficazes tratamentos anticancerígenos levaram a um aumento na incidência do tromboembolismo venoso em doentes oncológicos. Apoiar estudos da Iniciativa do Investigador, como este, que permitem adquirir um maior conhecimento sobre a patologia e beneficiar a qualidade de vida dos doentes, é da maior relevância”.
Os doentes com cancro apresentam um risco superior de desenvolver um coágulo venoso1, devido à alteração do equilíbrio do sistema de coagulação. De acordo com dados do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), o tromboembolismo venoso (TEV) associado ao cancro é cada vez mais prevalente, e as estimativas apontam para que afete um quinto de todos os doentes oncológicos. É a segunda principal causa de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pelo próprio tumor.