Para farmacêuticos

Sessão formativa online aborda a importância da deteção precoce dos sintomas do cancro do pulmão

A pandemia Covid-19 veio expor as fragilidades dos sistemas de saúde em todo o mundo, colocando em causa a capacidade de resposta destes à covid-19, mas também a outras doenças. Num momento em que as vozes dos profissionais de saúde e das associações de doentes são unânimes relativamente ao impacto negativo que terão os atrasos na deteção precoce das mais variadas doenças, em particular as oncológicas, a MSD Portugal e a Escola de Pós-graduação em Saúde e Gestão da Associação Nacional de Farmácias (ANF) apostam na formação dos farmacêuticos, dando-lhes as ferramentas necessárias para identificarem sinais e sintomas do cancro do pulmão.

Em nota de imprensa as duas entidades esclarecem que o cancro do pulmão "é um dos tumores mais prevalentes em Portugal, com mais de 5.000 novos casos por ano, e com a maior taxa de mortalidade". "Embora a sobrevivência dos doentes com cancro do pulmão tenha aumentado e, inclusivamente, hoje se possa observar que, ao final de cinco anos, a sobrevivência dos doentes pode ser muito superior, a pandemia voltou a colocar obstáculos a estes avanços. O adiamento de consultas e da realização de exames, bem como o receio de procurar aconselhamento médico conduziram a diagnósticos bastante tardios deste carcinoma, reduzindo as opções de tratamento", escrevem. 

Valorizando o papel do farmacêutico, que muitas vezes representa o primeiro contacto do doente com um profissional de saúde, a MSD Portugal, em parceria com a Escola de Pós-graduação em Saúde e Gestão da ANF, levou a cabo uma sessão de formação online, sob o tema “Cancro do Pulmão: como pode o farmacêutico mudar a vida do doente”, que contou com mais de 300 participantes. 

Nesta sessão, Fernando Barata, diretor do Departamento de Oncologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, teve a oportunidade de explicar a importância da deteção precoce dos sinais e sintomas do cancro do pulmão, mas também de dotar a assistência de mais conhecimento sobre a prevalência, os fatores de risco e os tratamentos desta condição oncológica.

"Reconhecer os sinais e sintomas do cancro do pulmão é o primeiro passo para chegar ao diagnóstico clínico. Muitas vezes, decorre um longo período entre o surgimento destes sinais e a consulta com o médico de família ou de especialidade. É nesta fase inicial que os farmacêuticos podem desempenhar um papel absolutamente diferenciador, referenciando os doentes para os cuidados médicos", sublinha-se em comunicado. 

 

Fonte: 
BCW Global
Nota: 
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