São João é o primeiro hospital do país a contar com apoio psicológico permanente no Serviço de Urgência

De acordo com a nota do Centro Hospitalar, “os profissionais de saúde que trabalham nas urgências são um dos principais alvos do acompanhamento psicológico, uma vez que estavam a ser muito sobrecarregados com as múltiplas tarefas que enfrentavam”. Deste modo, Eduardo Carqueja percebeu que a presença de um psicólogo era muito importante, "não só no serviço que eles teriam de prestar aos doentes e aos seus familiares, mas também no autocuidado que eles deviam ter".
Segundo Nelson Pereira, diretor da UAG de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, “esta ajuda tem sido uma mais-valia para os profissionais de saúde da unidade, onde tantas vezes se joga a diferença entre a vida e a morte. O psicólogo passa a fazer parte desta família, é alguém que está ao lado e a quem podemos recorrer em cada momento".
Nos primeiros 20 dias de atividade foram registadas 15 ocorrências, que passam "pela transmissão de más notícias, maus diagnósticos ou mortes", explica Margarida Capela, uma das psicólogas afetas a este serviço.
Para integrar as urgências do São João, a psicóloga Margarida Capela teve de receber formação específica nas áreas "do apoio às famílias, na intervenção com os profissionais de saúde, na intervenção das más notícias".
“Apesar de não ser inédito no mundo, o Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) é o primeiro do país a contar com o contributo de um psicólogo em permanência. O diretor do serviço de psicologia adianta que "imensos colegas de outros hospitais" pediram a estratégia implementada no São João para poderem adotar nas respetivas unidades de saúde.