“Retirada” do ácido obeticólico pode deixar doentes sem alternativa terapêutica
Para Joana Pina, presidente da CBP Portugal, “a comunidade de doentes com CBP compreende, naturalmente, a necessidade de comprovar a segurança e eficácia dos medicamentos e está totalmente empenhada na investigação da doença, participando em estudos clínicos e outras formas de investigação”.
“Ora acontece, que a EMA considerou que os benefícios do tratamento com AOC não superavam o risco, baseando-se fundamentalmente no ensaio clínico COBALT, segundo o qual o AOC não conseguiu demonstrar, nos doentes com CBP, benefício na prevenção da descompensação, morte ou transplante. Estudo esse que apresenta muitas limitações, pondo em causa as conclusões obtidas e que podem colocar em risco a vida de milhares de doentes em toda a Europa”, acrescenta.
Dada a inexistência de outra terapêutica de segunda linha aprovada para o tratamento desta patologia, “se a Comissão Europeia avançar com esta decisão, doentes que vivem atualmente com a doença controlada não terão qualquer alternativa terapêutica”, alerta a presidente da CBP Portugal.
Em Portugal, serão atualmente cerca de 150 doentes nesta situação. A colangite biliar primária pode evoluir para insuficiência hepática, cirrose, aumenta a probabilidade de cancro do fígado e a possibilidade de transplante, com todo o impacto que tal acarreta não só para o doente, a sua família, e a nível de custos de saúde.
A petição pode ser assinada em: https://acesse.dev/Wf3du