Projeto MedicMetric é o grande vencedor da iniciativa GBattle

De acordo com Hugo Maia, “esta iniciativa é também uma das formas que a Glintt encontrou de manter ativa a sua presença junto das principais escolas do país, a par do que tem vindo a fazer nos últimos cinco anos com a Academia Glintt, que por razões relacionadas com o atual contexto pandémico não irá ter lugar este ano. Mas, em contrapartida, foi criada uma nova iniciativa: o GBattle - Durante 24 horas, 86 participantes, de diversas faculdades, divididos em 25 Grupos, tiveram de pôr à prova o seu nível de inovação e criatividade para desenvolverem um projeto que tenha impacto no futuro da Saúde”. Continua referindo que “este tipo de iniciativas vem reforçar o posicionamento da Glintt, junto deste público, assim como a nossa ambição na apostar de soluções inovadoras que tornem mais eficiente o acesso e a prestação de cuidados de saúde”.
Desta forma, dos 25 grupos a concurso, apenas 10 passaram à fase final e apenas 1 saiu vencedor: o Instituto Superior Técnico com o projeto MedicMetrics, um software para ajudar o hospital a melhorar o seu planeamento cirúrgico e a dinâmica hospitalar, melhorando a estimativa de tempos cirúrgicos, facilitando a comunicação entre os profissionais de saúde e tendo um melhor controlo da ocupação dos espaços em tempo real.
Por outro lado, o projeto DeepPsy - Building a new paradigm in mental, Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa, recebeu o prémio Honroso, no qual a Glintt irá avaliar o seu desenvolvimento e implementação. Este projeto consiste num dispositivo médico de auxílio ao diagnóstico psiquiátrico capaz de identificar três patologias onde os maus diagnósticos são recorrentes e a taxa de suicídio muito elevada: o Distúrbio Depressivo Maior (DDM), mal diagnosticado até 46% dos casos; o Síndrome da Fadiga Crónica (SFC), em 80% dos casos mal diagnosticado como DDM; e o Distúrbio Bipolar (DB), com uma taxa de mau diagnóstico de até 69%.
Assim como a Talkdesk pretende trabalhar, em conjunto, com o projeto MedBot – o seu assistente de saúde a qualquer hora, em qualquer lugar, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, atribuindo ainda um voucher no valor de 250 euros para cada membro. O MedBot pretende tornar-se na linha da frente do SNS, permitindo um melhor redireccionamento dos pacientes para as diferentes unidades de saúde. Será uma aplicação com chatbot dotado de Inteligência Artificial, cujo objetivo é o de aliviar a carga diária de casos das equipas médicas. Através da utilização de Natural Language Processing (NLP), o bot será capaz de entender os sintomas do paciente e, acedendo a informação clínica, perceber as causas e o grau de gravidade. De acordo com o mesmo, poderá tomar diferentes decisões, de acordo com a melhor solução para a situação do paciente.
Do programa do GBattle, fizeram também parte integrante diversas conferências, com reconhecidos oradores, especialistas e profissionais da área da saúde e da tecnologia, que debateram a importância do digital e o impacto que o Covid-19 teve e continua a ter na digitalização deste setor, assim como na forma de trabalhar das empresas e no recrutamento. Para este ponto, a iniciativa contou com a ajuda dos parceiros e patrocinadores Talkdesk, Lenovo, Oracle, Pfizer e Altice, bem como dos nossos oradores convidados: Susana Marques, da Pfizer, Ricardo Mexia, da ANMSP, João Figueiredo, da SCMP, Miguel Coelho, da Lenovo, João Borrego, da Oracle, Pedro Gomes, da Talkdesk e David Faustino, do Nexllence.
Esta iniciativa trata-se de uma ação de networking que pretende cativar, reunir e descobrir no mesmo espaço, profissionais e jovens estudantes que partilham um entusiasmo comum pela área da tecnologia e da saúde, promovendo futuras ideias e colaborações, reforçando a valorização do empreendedorismo inerente à própria transformação digital da sociedade.
Cada uma das 10 equipas finalistas, recebeu um prémio de participação de 300 euros e a equipa vencedora um prémio monetário no valor de 1.500 euros.