Projeto do i3S sobre cancro gástrico vence Prémio para Jovens Investigadores

Henrique Duarte descobriu recentemente um mecanismo molecular através do qual os glicanos (cadeias de açúcares presentes nas células) conferem resistência a um anticorpo terapêutico. A identificação deste mecanismo explica a resistência de alguns doentes com cancro gástrico a este agente, que representa uma das poucas terapias personalizadas aprovadas para o tratamento de pacientes com cancro gástrico de estádio IV (avançado e com metástases) positivo para o recetor oncogénico ErbB2 (cerca de 10-15% dos casos de cancro do estômago).
Na senda desta descoberta, o investigador pretende encontrar novos marcadores de prognóstico em pacientes com cancro do estômago e de previsão da sobrevida ou evolução clínica destes doentes.
Segundo o júri do Prémio, constituído por Manuel Sobrinho Simões, presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), Mário Dinis Ribeiro, professor catedrático convidado da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), e José de Almeida Vicente, investigador do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico, este projeto destacou-se pelo “potencial de aplicação em produtos ou processos destinados ao diagnóstico, prognóstico, tratamento ou prevenção de doenças cancerosas ou pré-cancerosas”.