Programa abem: evitou mais de 15 milhões de euros de custos ao Serviço Nacional de Saúde
Todos os anos em Portugal, 864 mil pessoas deixam de comprar os medicamentos de que precisam por não os conseguirem pagar. Isto significa que se o Programa abem: chegasse a todas elas, com um apoio de 147 milhões de euros seria possível uma poupança potencial superior a 600 milhões de euros em internamentos e episódios de urgência.
Em termos de repercussão na vida dos beneficiários, em consequência da ação do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, a percentagem de beneficiários que nem sempre consegue comprar os medicamentos que lhes são prescritos caiu de 61% para 5% (estima-se que estes 5% correspondem a medicamentos não comparticipados pelo Estado e não estão abrangidos pelo Programa abem:).
Já a percentagem de beneficiários que deixou de pagar outras despesas para comprar a medicação indispensável ao controlo das suas doenças diminuiu de 85% para 14%.
Estas são conclusões retiradas do estudo de Avaliação de Impacto do Programa abem:, referente ao período compreendido entre maio de 2016 e junho de 2021, apresentado hoje, em Lisboa, na Conferência abem:. O evento, organizado pela Associação Dignitude, com o alto patrocínio do Presidente da República, promoveu uma reflexão sobre o acesso da população portuguesa mais carenciada à saúde e aos medicamentos, e contou com a presença, entre outros, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, da Vice-Presidente do Instituto da Segurança Social, Catarina Marcelino, em representação da Ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, de Maria de Belém Roseira, associada fundadora da Associação Dignitude, e de Inês Mendes da Siva, CEO e fundadora da Notable.
Maria de Belém Roseira sublinhou “o claro contributo do abem: para o cumprimento da universalidade de acesso à saúde, ao atenuar assimetrias sociais através da sua presença em todo o território nacional” e lembrou ainda que “os beneficiários, através do cartão abem:, podem aceder numa farmácia a toda a medicação de que necessitam para viver, desde que prescrita e comparticipada pelo Estado, sem quaisquer custos e com a sua dignidade protegida”.
O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, promovido pela Associação Dignitude, pretende assegurar que os portugueses em condição socioecónomica mais frágil tenham acesso aos medicamentos de que precisam para tratar o seu estado de saúde. Atualmente presente em todos os distritos e regiões autónomas, este Programa conta com uma rede de mais de 210 entidades parceiras locais, como Autarquias, Cáritas, IPSS e Misericórdias, responsáveis pela identificação das famílias que necessitam de apoio para adquirir medicação. Fazem ainda parte da rede abem: mais de 1.100 farmácias, onde os cidadãos acedem aos medicamentos prescritos, com total anonimato e dignidade, dezenas de empresas doadoras e milhares de cidadãos solidários. A totalidade dos donativos efetuados a este Programa é apenas utilizada na compra dos medicamentos aos beneficiários abem:.
O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.