Problemas de crescimento nas crianças são motivo para muitas consultas de pediatria nos hospitais
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Uma sensibilização que, segundo Teresa Borges, vai existindo cada vez mais. Ou seja, são muitos os que hoje já sabem que o crescimento é “um parâmetro imprescindível de vigilância do bem-estar e de saúde de qualquer criança. Temos também assistido a um maior conhecimento geral relativo ao potencial genético de cada criança. Relativamente aos Cuidados de Saúde Primárias, muito em parte devido às formações levadas a cabo pela Pediatria e pela Endocrinologia Pediátrica, temos vindo a assistir a uma maior consciencialização e valorização da temática do crescimento”.
O impacto dos problemas a esta associados pode ser, de resto, muito relevante, como explica a médica. “A maior parte das situações de baixa estatura, a partir do 2º ano de vida, são a baixa estatura familiar e o Atraso Constitucional do Crescimento e Maturação, que são variantes não patológicas de crescimento. No entanto, as alterações de crescimento podem resultar de doenças sistémicas crónicas como a insuficiência renal crónica, a doença celíaca, assim como as patologias endócrinas como hipotiroidismo e insuficiência da hormona de crescimento. Sem dúvida que o impacto final está relacionadoc com a estatura final na idade adulta.”
O tratamento desta última, a insuficiência da hormona de crescimento, “quando se comprova como eficaz, é mantido até a finalização do crescimento”. E, nestes casos, revela a especialista, “tem sem dúvida um efeito importante na autoestima destes doentes”. De resto, se não for feito o tratamento para colmatar a insuficiência da hormona de crescimento, “a baixa estatura na idade adulta constitui um resultado inequívoco, mas inevitável”.
É importante, por isso, não esquecer que o “normal” para as crianças é um crescimento de pelo menos 5 centímetros por ano após os 2,5 anos de idade e antes da puberdade. E que, caso isto não se verifique, é importante avaliar a situação, através de uma consulta a um profissional de saúde.