Primeira Licenciatura em Saúde Pública do país arranca em setembro
Este curso, pioneiro no nosso país, surge em resposta à necessidade de completar o panorama da formação em Saúde Pública com uma licenciatura que possa direcionar os jovens profissionais para o amplo espectro de carreiras da Saúde Pública, à semelhança do que acontece em vários outros países. Essas carreiras vão desde o Serviço Nacional de Saúde até às instituições da União Europeia ou aos setores privado ou social.
Com a duração de três anos, a Licenciatura em Saúde Pública possui um caráter multidisciplinar e visa preparar profissionais para atuar, entre outras áreas, na proteção da saúde da população, na prevenção da doença e no planeamento de políticas públicas de saúde.
Os estudantes terão oportunidade de conhecer o sistema de saúde e de compreender como os fatores ambientais e sociais interagem com as características individuais para produzir diferentes experiências de saúde e doença. Aprenderão a analisar e intervir em situações que afetam a saúde pública, desenvolverão competências de análise e planeamento de programas e políticas de saúde e serão incentivados a adotar uma visão crítica sobre os desafios de saúde pública atuais e emergentes, sejam globais, nacionais ou locais.
Com base neste plano de estudos, com uma forte componente prática, os novos profissionais licenciados em Saúde Pública estarão preparados para exercer funções em diversas instituições, nomeadamente, em unidades de Saúde Pública no Serviço Nacional de Saúde (SNS); em unidades de investigação nos cuidados de saúde: hospitais e cuidados primários; em organizações de base comunitária (p. ex. de advocacia de doentes); em organizações que desenvolvem orientações técnicas para políticas públicas na área da saúde e em empresas do setor privado, na investigação clínica e desenvolvimento tecnológico.
“A nova licenciatura contribui para a construção de uma saúde pública contemporânea, que use a melhor ciência para responder aos desafios atuais e futuros da saúde das populações. Iremos lançar, desde o início do ensino superior, a preparação de profissionais competentes para realizar as Funções Essenciais da Saúde Pública, como são definidas pela Organização Mundial da Saúde, desde o nível local ao global”, acrescenta Raquel Lucas, membro da Direção do ISPUP.
Este ciclo de estudos está alinhado com a Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU), nomeadamente no que respeita à integração dos objetivos de aprendizagem no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e está em harmonia com o referencial de competências em saúde pública da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação de Escola Europeias de Saúde Pública (ASPHER), tendo o apoio formal desta última.