Portugueses têm direito a mais e melhores cuidados para a saúde da visão, alertam Optometristas

“A limitação da atividade assistencial e a ausência de uma verdadeira estratégia nacional para a saúde da visão contribui para que o seu número aumente dramaticamente. Também é este grupo o que mais sente todas as consequências da pandemia, desde a limitação ao acesso à informação, tecnologias assistivas e apoio para a saúde da visão” afirma Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO).
“Recentemente vários dispositivos médicos foram desonerados de tributação em sede de IVA, facilitando o seu acesso em pandemia. Contudo, na área da visão, o mesmo não se aplicou nem aos dispositivos médicos oftálmicos, nem os cuidados de saúde para a visão prestados pelos Optometristas. Mais uma vez a saúde da visão dos portugueses não foi tida em conta. É essencial que se defina um plano nacional que assegure acesso a estes produtos, desonerando-os de tributação excessiva, com o acompanhamento técnico adequado, para a sua utilização correta sob indicação de um profissional” conclui Raúl de Sousa.
Os produtos assistivos são quaisquer produtos externos, incluindo dispositivos, equipamentos, instrumentos e software, especialmente produzidos ou geralmente disponíveis, cujo objetivo primário é manter ou melhorar a função do indivíduo e independência e desta forma promover o seu bem-estar. Cadeiras de rodas, óculos e aparelhos auditivos estão entre os muitos produtos assistivos que permitem a participação com significado na vida diária por parte das pessoas com dificuldades funcionais.
No que respeita à visão, destacam-se os filtros UV, lupas, óculos pré-graduados, dispositivos de escrita, leitura para baixa visão e cegueira, produtos de assistência à mobilidade na deficiência visual e cegueira.