População e entidades de Lamego lutam juntos por abertura de clínica de hemodiálise na região
Esta nova unidade, apesar de cumprir todos os requisitos exigidos legalmente, viu o pedido de convenção recusado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, impedindo assim o seu funcionamento.
Durante a visita, perante instalações e equipamentos operacionais que aguardam autorização política para satisfazer as necessidades dos doentes, as diversas personalidades presentes manifestaram-se solidárias com a posição da clínica de hemodiálise.
“A decisão da ARS Norte inviabiliza uma solução que providenciaria, no imediato, melhorias na saúde e qualidade de vida dos doentes renais de Lamego”, anunciou Paulo Dinis, Diretor Geral da DaVita Portugal.
“A DaVita Portugal trabalha para impulsionar o acesso aos cuidados renais e a qualidade de vida dos doentes renais portugueses. Essa é a nossa missão aqui em Lamego, pela qual continuaremos a trabalhar e lutar junto das entidades competentes”, concluiu.
O Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, reiterou a posição já aprovada, por unanimidade, pelo executivo municipal que defende a convenção do serviço de hemodiálise às clínicas privadas que pretendem instalar-se nesta cidade, independentemente de o Centro Hospitalar querer instalar também a sua unidade.
“Os doentes hemodialisados de Lamego e da região do Douro Sul devem ser livres de escolher a clínica que presta o melhor serviço. Assumimos uma posição de defesa da qualidade de vida dos nossos doentes. Observando a qualidade da intervenção neste espaço e dos equipamentos aqui instalados é um imperativo que esta clínica comece a trabalhar. Não compreendemos que se desperdicem recursos de investimento em equipamentos que, por enquanto, não têm utilização”, fundamenta.
Hugo Maravilha, o deputado da Assembleia da República que interpelou o Ministro da Saúde acerca da decisão da ARS, foi também uma das figuras políticas presentes esta manhã em Lamego.
Recorde-se que a nova Clínica de Hemodiálise de Lamego, recentemente concluída a um custo de 2 milhões de euros, é a única solução para que os doentes renais crónicos da região evitem as horas de viagem que atualmente são obrigados a percorrer para realizar o tratamento que necessitam.