Politécnico de Coimbra oferece workshop de refeição vegana aos estudantes
O evento, dinamizado pelo Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental e pela Unidade de Alimentação e Nutrição dos Serviços de Ação Social (SAS) do IPC conta com a presença do Presidente do IPC, Jorge Conde, e de João Lobato, Administrador dos SAS do IPC.
“Este workshop é mais um contributo para a promoção e sensibilização dos estudantes do Ensino Superior para uma alimentação mais saudável e sustentável”, declara João Lobato sobre o evento gratuito e aberto a todos os estudantes, contudo sujeito a um número limitado de vagas, que podem ser garantidas aqui.
Este workshop foi desenvolvido no âmbito do lançamento do novo programa “Prato Sustentável”, desenvolvido pelo SASIPC, que consiste em servir aos alunos todas as segundas-feiras, ao almoço e ao jantar, refeições de base vegetal saborosas, apelativas e equilibradas. Assim, substitui-se a refeição de carne por um prato vegano, a que se juntam os já habituais 1 prato de peixe e 1 prato vegano, com vista a tornar as refeições escolares mais amigas do ambiente e a incentivar hábitos alimentares sustentáveis. Estimula-se assim o aumento do
consumo de legumes e leguminosas, desde as idades mais jovens, promovendo a sua saúde. Além disso, as leguminosas (fontes de proteína vegetal - por exemplo, grão-de-bico, feijão, fava e lentilhas), têm uma pegada ecológica reduzida, dado que a sua produção requer menos recursos – como água fresca e terra arável – e emitem menos gases com efeito de estufa, tornando as refeições escolares mais amigas do ambiente.
“Quando falamos de consumo sustentável é comum pensar-se no consumo de energia e de água, na prevenção e separação de resíduos para reciclagem, no uso da bicicleta e de transportes públicos, mas, na verdade, é a alimentação que apresenta a maior fatia da pegada ecológica dos Portugueses (30%)”, alerta Ana Ferreira, Vice-Presidente do IPC e responsável pela área da Saúde Ocupacional e Ambiental. “Sabendo que, ao apostarmos na redução do consumo de proteína animal, podemos diminuir a nossa pegada alimentar para cerca de metade e que estamos, ainda, a promover saúde com menor risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, atribuímos à iniciativa uma importância fulcral”, acrescenta.
Este projeto surge no âmbito da preocupação sentida pelo Politécnico de Coimbra em relação ao facto de o consumo de carne e peixe, per capita, em Portugal, ser dos mais elevados do mundo. Este consumo é o fator que mais peso tem na pegada ecológica, tendo em conta que representa mais de 50 por cento da pegada ecológica da alimentação, além de que o consumo de carne, de pescado e de ovos é três vezes superior de acordo com a Roda dos Alimentos. Face a estes dados, entidades como a ONU têm vindo a recomendar a redução do consumo de proteína animal como uma das formas mais eficazes de combate às alterações climáticas. A alimentação de base vegetal, e a predominantemente vegetariana, traz maior diversidade alimentar e benefícios cientificamente comprovados para a saúde, sobretudo ao nível da prevenção de diabetes, hipertensão, obesidade, doença coronária e doença oncológica.