Podologistas preocupados com redução da atividade física durante a pandemia
Manuel Portela, presidente da APP, considera que “o comportamento sedentário e os reduzidos índices de atividade física, poderão ter um impacto muito negativo, na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida da população”. “Está ainda comprovado que a falta de atividade física é uma das principais causas para o desenvolvimento de deficiências estruturais e de patologias relacionadas com os pés”, afirma.
E acrescenta: “Mais do que nunca, hoje é fundamental mantermo-nos ativos. A pandemia trouxe-nos inúmeros comportamentos sedentários: o teletrabalho, os longos períodos de confinamento, ou as restrições à livre circulação. Neste sentido, mais do que necessário, é vital que nos mantenhamos ativos.”
De forma a colmatar esta redução, a OMS lançou novas recomendações para aumentar a atividade física e para combater o comportamento sedentário. São elas:
Para as crianças e os adolescentes, com idades compreendidas entre os cinco e os 17 anos, a prática de atividade física deve ser realizada durante 60 minutos, três dias por semana. Nesta faixa etária o exercício melhora a aptidão cardiorrespiratória e muscular; a saúde cardiometabólica, óssea e mental; a cognição e a redução da gordura corporal.
Nos adultos, entre os 18 e os 64 anos, a atividade física reduz a mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares; a incidência de hipertensão, de alguns tipos de cancros, e da diabetes tipo 2; melhora a saúde mental, o funcionamento cognitivo e o sono. A recomendação é de 150 a 300 minutos de atividade moderadas ou de 75 a 150 minutos de atividades vigorosa ou, ainda, uma combinação das duas, ao longo da semana.
Nos idosos com mais de 65 anos, além dos benefícios descritos para o grupo anterior, o plano ressalva que a atividade física ajuda a prevenir quedas e lesões relacionadas com as mesmas, e o declínio da saúde óssea e da capacidade funcional.
No caso dos adultos ou idosos com doenças crónicas, os tempos de atividade física recomendados são semelhantes. Quando não for possível cumprir as recomendações, as pessoas “devem praticar atividade física de acordo com suas capacidades”.
A recomendação para as mulheres grávidas e no pós-parto é para que pratiquem 150 minutos de atividade moderada, reduzindo assim o risco de pré-eclâmpsia, de hipertensão gestacional, de diabetes gestacional, do ganho excessivo de peso, de complicações no parto e de depressão no pós-parto, assim como de complicações no recém-nascido, entre outros.