2.º Congresso Português do Cancro do Pulmão

Personalização e Multidisciplinaridade conduzem debates no congresso GECP

O 2.º Congresso Português do Cancro do Pulmão, 11.º Congresso do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP), irá decorrer de 24 a 26 de outubro de 2024, no MH Atlântico, em Peniche. O evento, que se realiza de dois em dois anos, irá reunir especialistas de diversas áreas envolvidas no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doentes com cancro do pulmão, tendo como tema central "Personalização e Multidisciplinaridade".

Ana Figueiredo, Presidente da Direção do GECP, destaca a importância deste encontro para o avanço no tratamento e diagnóstico do cancro do pulmão em Portugal, salientando que “o GECP é um grupo que reúne profissionais com diferentes especializações, implicados no diagnóstico, na classificação, no estadiamento, no tratamento e no acompanhamento dos doentes”. “A atuação conjunta destes profissionais é essencial para proporcionar um acompanhamento personalizado, permitindo tratar os doentes por mais tempo e com maior eficácia”, acrescenta. O mote do Congresso, “Personalização e Multidisciplinaridade”, representa a abordagem atual do tratamento do cancro do pulmão, em que as várias especialidades médicas se reúnem para discutir caso a caso. 

“Atualmente, é impensável tratar a doença sem a realização de reuniões multidisciplinares, uma vez que estas proporcionam uma análise mais abrangente, em que todas as perspetivas são consideradas na decisão das melhores terapêuticas para os doentes.”

Este ano, serão discutidos os principais desafios no combate ao cancro do pulmão, incluindo o correto diagnóstico (histológico e molecular), o estadiamento preciso e a aplicação das novas moléculas, isoladas ou em combinação, no tratamento dos doentes. A pneumologista da ULS Coimbra enfatiza que “temos evoluído de forma exponencial nos últimos anos e acredito que continuaremos a evoluir”. “Os novos desafios que enfrentamos prendem-se com a integração de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), que virão facilitar e melhorar todo este trabalho, além do diagnóstico precoce, que poderá reduzir significativamente a mortalidade associada a esta doença”, concretiza a especialista.

Além disso, este ano o Congresso abordará também temas fundamentais como a qualidade de vida do doente oncológico nas suas várias vertentes e a importância de cuidar do cuidador, reconhecendo que muitos médicos enfrentam o desafio do burnout. Outro ponto central das discussões será o debate sobre os rastreios e a sua viabilidade em Portugal, com vista à deteção precoce da doença e à redução da mortalidade.

O Congresso contará ainda com um Programa de Enfermagem, que irá decorrer em paralelo no dia 25 de outubro, proporcionando uma oportunidade única para enfermeiros e outros profissionais de saúde aprofundarem os seus conhecimentos e as competências no que diz respeito ao tratamento do doente com cancro do pulmão. Este programa conta com o patrocínio científico da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP).

O evento do GECP apresenta-se como uma plataforma importante para a capacitação dos profissionais de saúde, promovendo a troca e a partilha de experiências. “Mais conhecimento traz mais eficácia e a possibilidade das várias especialidades se reunirem e conversarem, ajudando na criação de uma rede de contactos, perceção de dificuldades e necessidades que, por vezes, podem passar despercebidas”, conclui a Ana Figueiredo.

 
Fonte: 
Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP)
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP)