Pacto global de apoio a doentes chega a Portugal
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Em Portugal, o pacto, que tem como objetivo fazer com que todos os doentes tenham acesso aos melhores tratamentos disponíveis, foi assinado por 14 líderes de empresas e investidores das ciências da vida e biotecnologia e entregue a António Costa Silva, Ministro da Economia do Mar, no BIOMEET 2022, evento promovido pela Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO).
Na apresentação do pacto para o mercado português, John Crowley, um dos primeiros signatários norte-americanos, lembrou que “a biotecnologia é sinónima de esperança” e que hoje em dia “já não é aceitável dizer-se a um doente que não há nada que a medicina possa fazer por ele”, sendo imperial mudar o paradigma através de uma pesquisa constante e inovadora.
António Costa Silva, Ministro da Economia e do Mar, assinalou que “Portugal tem uma oportunidade dourada para desenvolver uma fileira do conhecimento para o futuro”. “Acreditamos piamente no setor da biotecnologia”, realçou, referindo que é importante “desenvolver uma política industrial para a saúde em Portugal”, com maior atração de financiamento. Neste contexto, o Biotech Social Pact “passa uma mensagem fortíssima”, em que é essencial “compatibilizar a saúde das empresas, com capacidade de produzir medicamentos, com o bem público”. Destacou, ainda, que 80% das patentes dos últimos 10 anos são em biotecnologia, algo que “demonstra a validade do setor”.
A P-BIO foi a responsável pela adaptação da iniciativa em Portugal, a que se juntaram 14 líderes nacionais. Filipe Assoreira, chairman da P-BIO, foi quem apresentou o Biotech Social Pact em Portugal e sublinhou que “a biotecnologia está a trazer inovação para Portugal”. “Portugal já começou a participar, mas pode acelerar”, com um maior contributo para a indústria nacional, sendo que este novo compromisso pode ser um passo para que Portugal “seja um player relevante no setor da biotecnologia a nível internacional”.
Julien Patris, Membro do Steering Committee do Biotech Social Pact, acrescentou que se pretende “criar um ecossistema forte e resiliente”, que “una os vários stakeholders”, de forma a que “todos falem a mesma língua”. Anant Murthy, também um dos fundadores da iniciativa, realçou que “as doenças não têm fronteiras, pelo que a inovação também não deverá ter”, destacando o papel que Portugal poderá ter neste contexto.
Todos os anos, a P-BIO promove o BIOMEET, evento anual dedicado à discussão do setor da biotecnologia, e que se realizou, nesta edição, no Templo da Poesia, em Oeiras, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras. O evento contou com vários painéis, incluindo a mesa redonda “O compromisso do sector biotecnológico Português para inovação, saúde e crescimento”, apresentação de casos de sucesso, uma pitch session, debate sobre o papel dos clusters em Biotecnologia e uma sessão dedicada ao bioinvestimento, onde foram apresentados 11 startups biotecnológicas nacionais a levantar investimento.