OMS lança Plano de Ação Global para a atividade física
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou novas recomendações para a atividade física e comportamento sedentário, apresentando uma planificação individualizada para cada grupo etário desde as crianças aos idosos. Estas recomendações assentam no princípio de que “toda a atividade física conta” e de que “quanto mais melhor”.
O Plano de Ação Global para a atividade física, publicado no site DGS, ressalva que “demasiado comportamento sedentário pode ser prejudicial à saúde” e que todos podem beneficiar com o aumento da atividade física, incluindo mulheres grávidas e no pós-parto e pessoas com doenças crónicas e deficiências.
“Quatro a cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais fisicamente ativa”, pode ler-se no documento com as recomendações globais da OMS, no sentido de permitirem que os países “desenvolvam políticas nacionais de saúde baseadas em evidência e apoiem a implementação do Plano de Ação Global da OMS para a atividade física 2018-2030”.
O plano recomenda para as crianças e adolescentes, entre os 5 e os 17 anos, pelo menos 60 minutos de atividade física, três dias por semana, sustentando que nesta faixa etária o exercício melhora a aptidão cardiorrespiratória e muscular; a saúde cardiometabólica, óssea e mental; a cognição e a redução da gordura corporal.
Nos adultos, entre os 18 e os 64 anos, a atividade física reduz a mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares; a incidência de hipertensão, de alguns tipos de cancros, e da diabetes tipo 2; melhora a saúde mental, o funcionamento cognitivo e o sono.
Para estes a recomendação é de 150 a 300 minutos de atividade moderadas ou de 75 a 150 minutos de atividades vigorosa ou, ainda, uma combinação das duas, ao longo da semana.
Nos idosos com mais de 65 anos, além dos benefícios descritos para o grupo anterior, o plano ressalva que a atividade física ajuda a prevenir quedas e lesões relacionadas, e o declínio da saúde óssea e da capacidade funcional.
No caso dos adultos ou idosos com doenças crónicas os tempos de atividade física recomendada são similares, ressalvando o plano que quando não for possível cumprir as recomendações, as pessoas em causa «devem ter como objetivo praticar atividade física de acordo com suas capacidades».
E finalmente, a recomendação para as mulheres grávidas e no pós-parto é para que pratiquem 150 minutos de atividade moderada, reduzindo assim o risco de pré-eclâmpsia, de hipertensão gestacional, de diabetes gestacional, do ganho excessivo de peso, de complicações no parto e de depressão no pós-parto, de complicações no recém-nascido, de efeitos adversos do peso ao nascer e do risco de natimortalidade.