O impacto da pandemia nos doentes não COVID-19 discute-se em evento virtual

Esta sessão conta com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, Ana Paiva Nunes, coordenadora da Unidade Cerebrovascular do Hospital de São José, Bruno Santiago, coordenador da campanha “Olhe pelas suas costas” e neurocirurgião no Hospital da Luz Lisboa, Miguel Coelho, neurologista do Hospital de Santa Maria e Rui Teles, cardiologista de intervenção no Hospital de Santa Cruz.
A pandemia da COVID-19 obrigou a uma reprogramação de agendas, salvaguardando os casos prioritários ou urgentes. Em maio de 2020, 242 mil dos doentes já estavam inscritos na lista de espera para cirurgias e para 43% o tempo máximo de resposta garantido já tinha sido ultrapassado. No total, os hospitais tinham realizado menos 902 mil consultas e menos 85.000 cirurgias relativamente ao período homólogo.
Luís Lopes Pereira, diretor-geral da empresa de dispositivos médicos Medtronic, esclarece a importância desta iniciativa e o seu propósito: “a resposta dos hospitais aos casos de doentes não COVID-19 tornou cada vez mais evidente as necessidades não satisfeitas na área da saúde. Nesta fase, temos de avaliar o compromisso de resposta para os doentes não COVID-19 para minimizar o impacto que a pandemia tem provocado e que continuará a provocar no futuro. Todos os doentes são importantes e devem receber os cuidados de saúde que necessitam. No entanto, há patologias nas quais o adiamento do tratamento, nomeadamente o cirúrgico, podem ter consequências bastante graves para quem delas sofre”.
Com o objetivo de analisar as principais áreas em que faltam respostas, qual o papel que se pode assumir, qual é a educação que está a ser feita junto dos doentes e a segurança nos locais de saúde nos centros hospitalares, este espaço de discussão vai abordar quatro áreas específicas: patologias da coluna, doenças do movimento, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares.