Quercetina, Curcumina e vitamina D3

Novo estudo clínico realizado com suplemento alimentar belga revela resultados promissores contra o COVID-19

A ingestão diária do novo suplemento alimentar à base de Quercetina (65 mg), Curcumina (42 mg) e Vitamina D3 (2,2 μg), durante 14 dias, por pacientes com sintomas de COVID-19 leves a moderados e na fase inicial da doença, demonstrou que a além da infeção ser elimina mais rápido, também os sintomas agudos associados ao COVID-19 foram debelados mais rapidamente.

Um novo estudo sobre a eficácia de um suplemento alimentar belga à base de Quercetina (65 mg), Curcumina (42 mg) e Vitamina D3 (2,2 μg) contra o COVID-19, foi recentemente publicado na Frontiers in Pharmacology, uma das principais revistas científicas neste domínio. O estudo tem por base um ensaio clínico aleatório, conduzido pelo Departamento de Medicina da King Edward Medical University de Lahore, Paquistão, sob a supervisão de Amjad Khan, DPhil, M. Sc (Oxford) e co investigador do estudo. Amjad Khan é investigador visitante no INEOS Oxford Institute for Antimicrobial Research, and Nuffield Division of Clinical and Laboratory Sciences, do Radcliffe Department of Medicine da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
 
O novo ensaio clínico comparou os resultados apresentados por um grupo de pacientes submetidos ao tratamento standard (SOC) do COVID-19 em conjugação com este suplemento alimentar face a outro grupo que foi tratado apenas com o SOC. O ensaio clínico incluiu apenas pacientes em regime ambulatório e diagnosticados com COVID-19 em fase inicial, com sintomas leves a moderados, confirmados por testes RT-PCR. Recorde-se que o tratamento standard inclui paracetamol e/ou um antibiótico (azitromicina). Os pacientes incluídos no grupo tomaram duas cápsulas deste complemento alimentar, duas vezes por dia, durante 14 dias. Os pacientes de ambos os grupos receberam o mesmo SOC.
 
O ensaio clínico aleatório envolveu 50 pacientes, 25 por cada grupo de tratamento. Os pacientes a quem foi ministrado o suplemento em conjunto com o tratamento standard apresentaram uma resposta negativa mais rápida ao teste nasofaríngeo SARS-CoV-2 RT-PCR ao sétimo dia, i.e. 15 (60%) versus 5 (20%) do outro grupo, p = 0,009.

Por outro lado, os sintomas agudos associados ao COVID-19 foram resolvidos mais rapidamente no grupo a quem foi ministrado o suplemento ao sétimo dia, i.e.15 (60%) versus 10 (40%) no grupo que se submeteu apenas ao tratamento standard.
 
Por seu turno, os pacientes do grupo a quem foi ministrado o suplemento apresentaram uma diminuição significativamente mais elevada dos níveis de PCR ao sétimo dia, com uma média de 34,0 a 11 mg/dL e por comparação com o grupo que não tomou o suplemento, 36,0 a 22,0 mg/dL, p = 0,006.
 
Os resultados obtidos concluem igualmente que o tratamento adjuvante com este suplemento é seguro e que foi bem tolerado pela totalidade dos 25 pacientes envolvidos neste novo estudo. Não foram reportados quaisquer efeitos secundários, complicações ou/e eventos adversos graves.
 
A quercetina e a curcumina são dois polifenóis naturais amplamente estudados, que possuem efeitos farmacológicos antivirais, anti-inflamatórios e antioxidantes de largo espectro. A vitamina D3 é reconhecida por desempenhar um papel fundamental no fortalecimento da imunidade inata, na capacidade de modular a resposta imunitária adaptativa e contribui para diminuir a libertação de substâncias pró inflamatórias.
 
A inibição da replicação viral da SARS-CoV-2 e a modulação simultânea da resposta à inflamação intensa na fase inicial da infeção COVID-19, são consideradas essenciais para uma recuperação rápida e para a prevenção da evolução da doença para uma fase mais aguda e severa. Tanto a quercetina, como a curcumina já demonstraram a sua capacidade de inibirem os coronavírus em ensaios in vitro. Mais recentemente, demonstraram igualmente atividade inibidora do SARS-CoV-2.
 
"A combinação da quercetina, com a curcumina e a vitamina D3 constitui um adjuvante seguro e cientificamente comprovado no tratamento do COVID-19 na fase inicial. Os resultados obtidos são muito encorajadores e provavelmente devido à eficácia sinérgica dos mecanismos imunomoduladores, antioxidantes, anti-inflamatórios e antivirais da quercetina, da curcumina e da vitamina D3,” declara Amjad Khan.
 
A utilização de tratamentos imunomoduladores/anti-inflamatórios em pacientes clinicamente vulneráveis ao COVID-19, incluindo nos que apresentam condições de saúde subjacentes ou que são imunodeprimidos, pode igualmente resultar em imunossupressão, podendo aumentar os riscos de desenvolver infeções bacterianas ou fúngicas secundárias e, consequentemente, a progressão para doenças mais graves.
 
Pelo contrário, a quercetina, a curcumina e vitamina D3 não têm efeitos imunossupressores. A quercetina e a curcumina são consideradas agentes seguros e receberam o estatuto de FDA GRASS (Geralmente Reconhecido como Seguro) para uso humano em produtos dietéticos, o que permite a sua utilização em suplementos alimentares destinados aos seres humanos. Em conjugação com o tratamento standard, a utilização deste suplemento alimentar como adjuvante pode contribuir para a recuperação mais rápida das infeções por COVID-19 com sintomas leves a moderados, facilitando a eliminação precoce da infeção viral SARS-CoV-2 e a modulação da resposta imunitária.

Fonte: 
Valkirias Consultores
Nota: 
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