Nova pesquisa traz novos dados sobre potencial da vitamina D para proteger contra doença grave e morte por Covid-19
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Tanto quanto se sabe, estudos anteriores já tinham associado a deficiência de vitamina D ao aumento da suscetibilidade a infeções respiratórias virais e bacterianas. Além disso, vários estudos observacionais encontraram uma forte correlação entre a deficiência de vitamina D e a Covid-19, no entanto, até agora não se tinha percebido ao certo o que estaria por trás desta relação já que esta poderia resultar de outros fatores, tais como a obesidade, a idade avançada ou doenças crónicas, que também estão associados a baixos níveis de vitamina D.
Com este novo trabalho de investigação, os cientistas conseguiram calcular o nível de vitamina D "geneticamente previsto" utilizando informações de mais de uma centena de genes que determinam o estado da vitamina D.
A aleatoriedade mendeliana permitiu que os investigadores investigassem se a vitamina D e a Covid-19 poderiam estar causalmente relacionadas usando dados genéticos. Alguns estudos anteriores tentaram, mas não conseguiram provar uma relação causa-efeito. Isto pode ter acontecido porque a radiação solar UVB, que é a fonte mais importante de vitamina D para a maioria das pessoas, foi ignorada.
Assim, e pela primeira vez, os investigadores analisaram conjuntamente o nível de vitamina D previsto pela genética e radiação UVB. Quase meio milhão de indivíduos do Reino Unido participaram no estudo, e a radiação UVB ambiental antes da infeção Covid-19 foi avaliada individualmente para cada participante. Comparando as duas variáveis, os investigadores descobriram que a correlação com a concentração de vitamina D medida em circulação era três vezes maior para o nível de vitamina D previsto pelo UVB, em comparação com o previsto geneticamente.
Os investigadores descobriram que a radiação UVB ambiente no local de residência de um indivíduo antes da infeção Covid-19 estava fortemente associada à hospitalização e à morte. Isto sugere que a vitamina D tem o potencial protetor na infeção.
O estudo foi publicado na Scientific Reports.