Mulheres em idade ativa são as que mais sofrem de problemas de saúde mental
De acordo com os resultados deste estudo, cerca de 15% dos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) recorreram a consultas médicas à distância no último ano. Sendo de destacar valores acima da média alcançados junto da faixa etária dos 25/34 anos (22,9%) e o género feminino (18,8%), o que revela uma maior utilização, por parte das mulheres, às consultas remotas.
Além disso, mais de metade da população portuguesa entre os 18 e os 64 anos afirmou ter experimentado níveis elevados de stress nos últimos seis meses. Especificamente, os números são alarmantes entre os jovens adultos - com 60% dos 25/34 anos e 59,6% dos 18/24 anos a relatarem níveis de stress elevados - e junto das mulheres, registando um valor de 56,4%. Outro dado preocupante é que 4 em cada 10 portugueses (39,5%) afirmam ter sofrido algum sintoma relacionado com a saúde mental no último ano. Esta tendência é particularmente alta entre os mais jovens e, mais uma vez, entre as mulheres, onde 49% relataram experiências de ansiedade, ataques de pânico, depressão e outros transtornos.
“Este Dia Internacional da Saúde da Mulher serve como um lembrete da importância de cuidar da saúde, tanto física como mental, das mulheres portuguesas. Através da consciencialização da sociedade e do acesso a recursos adequados, podemos caminhar para taxas mais elevadas de bem-estar junto da população feminina.” comentou Catarina Real, Head of People and Wellbeing na Medicare.
A necessidade de apoio profissional de saúde mental também é evidente, com cerca de 3 em cada 10 portugueses a sentir a necessidade de procurar ajuda no último ano. No entanto, e segundo dados do estudo, as consultas de Psicologia (10,3%) e Psiquiatria (7,9%) foram das menos procuradas no Top 10 pelos portugueses, que priorizam as consultas de Medicina Geral (66,8%), de Saúde Oral(42,3%) e de Oftalmologia (28,5%)
Os números são mais altos entre os jovens e as mulheres. Sendo que 1 em cada 5 portugueses recorre a algum tipo de medicação, como calmantes ou medicamentos para dormir, uma tendência especialmente sentida entre as mulheres e o grupo etário 55/64 anos.