Covid-19

Ministra admite que pode haver escassez de vacinas durante a primeira fase de vacinação

Segundo Marta Temido, “o primeiro desafio” na administração da vacina contra a covid-19 vai ser numa primeira fase gerir “alguma escassez” de vacinas. A ministra da saúde, sublinhou, durante a última atualização dos dados da pandemia que esta hipótese já vinha sendo anunciada pela Comissão Europeia.

“Sabemos, desde há longos meses, que mesmo que tivéssemos uma vacina disponível, ela seria sempre, num primeiro momento, escassa e que o desafio que se colocava era exatamente o de ter uma vacina em quantidades suficientes para a população, designadamente para a população europeia”, disse Marta Temido.

Nesse sentido, a população tem que “ser paciente” e sobretudo perceber que há passos que não podem ser subestimados nem desvalorizados, designadamente as reuniões técnicas de Agência Europeia do Medicamento que se vão realizar este mês e em janeiro para garantir que todas as vacinas serão “seguras, eficazes e de qualidade”.

“Não nos interessa apenas ser os primeiros a ter a vacina interessa-nos ter vacinas de qualidade, seguras e efetivas”, sublinhou Marta Temido, citada pela página do Serviço Nacional de Saúde.  

Quanto às doses contratadas de vacina contra a covid-19, a ministra adiantou que há trabalho que está a ser realizado e que não há “ainda números fechados” sobre a quantidade que vai ser entregue a Portugal na primeira fase.

Questionada sobre se já foram dadas orientações aos centros de saúde de como se devem organizar para a vacinação e se vão ser contratados mais profissionais de saúde, Marta Temido adiantou que estão “a fazer a articulação de meios humanos e, eventualmente, a considerar o reforço não só por profissionais próprios, mas se for necessário por profissionais de outros setores e até voluntários”.

Neste sentido, a governante lembrou que o plano inicial passa pela utilização da rede de centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde para a primeira fase da vacinação, e que estes “estão habituados a realizar a vacinação e onde há “profissionais que estão absolutamente habilitados, preparados e treinados e têm respondido bem ao longo dos muitos anos de Programa Nacional de Vacinação”.

“Se tudo correr como planeado e se tudo correr bem, seguir-se-á um momento em que teremos uma muito maior quantidade de doses de vacinas e aí o desafio será o da celeridade da administração e de uma vacinação mais massiva”, afirmou acrescentando que, nessa altura, pode vir a ser necessário recorrer a mais pontos de vacinação. 

Fonte: 
SNS
Nota: 
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