Revelados resultados da 2.ª vaga do Vacinómetro® época gripal 2024/2025

Mais de metade dos portugueses com idade igual ou superior a 85 anos já foram vacinados contra a gripe

Os dados da segunda vaga do relatório Vacinómetro®, que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal, revelam que, da população incluída nas recomendações da Direção-Geral da Saúde, já terão sido vacinados contra a gripe sazonal desde o início da época 2024/2025, perto de 60% (59,6%) das pessoas com mais de 85 anos.

O relatório mostra ainda que dos 40,4% dos não vacinados, 67,3% tenciona ainda vacinar-se.

Dos resultados desta 2ª vaga, importa destacar que, do total de indivíduos vacinados, pertencentes ao grupo dos doentes crónicos, mais de metade (55,7%) da população com doença cardiovascular já terá sido vacinada, e dos não vacinados 55,1% tenciona ainda vacinar-se; quase metade (49,3%) das pessoas com diabetes já terão sido vacinadas, e das não vacinadas 57,9% tenciona vacinar-se e 42,1% das pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) já se vacinou, sendo que 87,5% o terão feito por saberem que fazem parte dos grupos de risco para esta patologia.

Do total do grupo de indivíduos vacinados, na amostra total estudada, 33,9% afirma ter sido vacinado por recomendação do médico, 33,5% por iniciativa própria, porque procuram estar sempre protegidos. 

17,0% recorreu à vacinação no contexto de uma iniciativa laboral; 8% porque recebeu notificação de agendamento pelo SNS e 7% porque sabe que faz parte dos grupos de risco.

"Estes resultados são assinaláveis. Da amostra total inquirida verificámos um aumento em relação ao ano anterior (34,1% vs 32,3%), o que é ainda mais significativo se considerarmos que na época passada estes dados foram recolhidos já em novembro, o que se traduz num aumento do ritmo de vacinação. E se analisarmos em detalhe os grupos com recomendação, a diferença da cobertura vacinal face ao ano anterior é ainda mais acentuada, passando de 39,7% para 43,6%. A exceção da população alvo 60-64, cuja taxa de vacinação está ligeiramente abaixo do que se verificava na época 2023/24 (-4%)”, revela Nuno Jacinto, Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

Outro dado que se mostra bastante consistente, não só com a vaga passada, mas também com os dados da época passada diz respeito ao peso que a recomendação do médico tem nos motivos pelos quais os grupos com recomendação se vacinam (60+, 65+, 80+, 85+, doentes crónicos, grávidas).

Também os profissionais de saúde tiveram um acréscimo na taxa de vacinação, quer face à vaga passada, quer quando comparado com o ano anterior e, neste momento, cerca de 40% dos inquiridos desta população já se encontra vacinada. No caso os principais motivos de vacinação prendem-se com iniciativas “no contexto laboral” e porque “procura sempre estar protegido”.

Em relação à vacina de dose elevada que é administrada gratuitamente nas pessoas com 85 ou mais anos de idade, na amostra total estudada, 52,9% não sabe que está disponível uma vacina de dose elevada para esta população.

Os locais preferenciais de aquisição/ administração da vacina em função da população alvo que tenhamos em análise, sendo que a totalidade dos profissionais de saúde inquiridos recebeu a vacina no local de trabalho, revelaram que a população acima dos 80 e 85 anos e as grávidas receberam a vacina maioritariamente no Centro de Saúde e a população entre os 60 e os 64 e acima dos 65 recebeu maioritariamente na farmácia.

Também os dados relativos à intenção de vacinação para aqueles que até ao momento não o fizeram, têm sido bastante consistentes ao longo das épocas vacinais e mostram elevada taxa de intenção vacinal. Ainda em relação à intenção vacinal, é interessante notar que esta aumenta à medida que aumenta também a fragilidade dos grupos em análise, sendo os grupos com maior intenção vacinal, os doentes crónicos, os acima dos 65 anos, acima dos 80 anos e acima dos 85 anos.

Relativamente à coadministração, e tendo por referência os dados da vaga anterior, a taxa de coadministração da vacina contra a gripe/ COVID nos grupos com recomendação diminuiu (passou de 82,9% para 76,6%), ainda que o principal motivo pela decisão de receber ambas as vacinas ao mesmo tempo se mantenha o mesmo (Quero estar protegido| Considero que ambas são importantes para a minha saúde). um decréscimo (passou de 83,1% para 76,6%).

Ainda em relação à coadministração, mas tendo por base os inquiridos que ainda não se vacinaram, mantém-se a tendência da vaga passada em que a maioria pretende vacinar-se levando as duas vacinas ao mesmo tempo (57,7%), tendência que está em linha com os resultados do ano passado, ainda que com valores bastante menos expressivos (85,3% vs 57,7%).

Fonte: 
Sanofi Portugal
Nota: 
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