Adoção das TIC na área da saúde

Já são conhecidos os Vencedores do Prémio HINTT

Nudge Digital, ONCOMMUN, MyPharmaGenes® e Mordomo Digital são os 4 vencedores do concurso, dos 10 projetos finalistas que participaram, apresentados por empresas tecnológicas com uma base de saúde, universidades, investigadores, unidades hospitalares e startups.

Sob o tema – Digital Acceleration: can health catch the wave?, os Prémios Saúde HINTT – Maturidade Digital, tiveram como objetivo reconhecer e divulgar as melhores práticas de adoção das TIC na área da saúde, que têm como objetivo melhorar a segurança do cidadão, apoiar a decisão clínica e a eficiência global.

Desta forma, na categoria de Clinical Outcomes, o vencedor do HINTT 2020 foi a solução desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), com o Projeto “Nudge Digital - Redução da sobre prescrição de Antibióticos”. Este consiste numa solução que representa a realização do potencial do big data na melhoria de processos terapêuticos, objetivando a transformação digital dos sistemas de saúde portugueses articulada com a aplicação das melhores práticas de investigação em ciência de dados.

Por sua vez, o Projeto “ONCOMMUN”, do IPO Coimbra, venceu na categoria de Patiet Safety, um Programa Europeu Inovador de Acompanhamento Online: Suporte Psicológico e Educação para a Saúde em Doentes com Cancro da Mama. É uma ferramenta digital inovadora, com 4 níveis de cuidados em saúde, que apoia as doentes na identificação das suas necessidades físicas e psicológicas e na seleção de recursos para fazer face a essas mesmas necessidades.

Das startups a concurso – na categoria Startup Innovation - o Projeto “MyPharmaGenes®” foi o vencedor. Um teste genético, realizado a partir de uma amostra de epitélio bucal, e o acesso a uma WebApp interativa que ajuda o médico e o paciente a gerir os medicamentos prescritos, bem como a assinalar efeitos secundários, de forma muito personalizada e ao longo de toda a sua vida. Já na categoria Value Proposition venceu a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), com o projeto Mordomo Digital, uma aplicação móvel que visa a simplificação da atividade clínica com garantia de registo da informação com segurança no doente certo, recorrendo a mecanismos de reconhecimento de voz para o diário clínico de internamento, bem com acesso à informação em tempo real de dados de suporte à prestação de cuidados clínicos.

Fazendo um balanço da 4ª edição do HINTT, Filipa Fixe, Executive Board Member da Glintt, menciona que “esta edição foi, sem dúvida, bastante positiva, uma vez que batemos o record das candidaturas, ultrapassamos em cerca de 50% os anos anteriores. Tendo em conta o ano atípico que estamos a viver, provocada pela Covid-19, as nossas expetativas não eram as mais favoráveis, pelo que foi com surpresa quando verificámos uma motivação incrível por parte das entidades candidatas. O que só vem, uma vez mais, comprovar o que temos vindo a defender constantemente: a junção da tecnologia ao setor da saúde é o mote para haver mais equidade a custos controlados e melhores resultados em saúde”, refere.

O HINTT enquanto “montra” de projetos de referência a nível nacional permite que as instituições e as equipas partilhem entre si ideias que podem resultar em novos projetos ou novos modelos de implementação das soluções propostas, garantindo um maior impacto tanto para as entidades de saúde como para os utentes.

Assim, foram várias as entidades que estiveram a concurso e que ficaram entre as 10 soluções finalistas, nomeadamente: a Clynx; o Centro Hospitalar Universitário São João do Porto; o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia e Espinho; o INEM; o NeVARo Tech e a Hopecare.

“São, cada vez mais, os projetos que não são realizados apenas por um perfil de profissionais, mas sim por equipas multidisciplinares que vão da engenharia às ciências da vida, incluindo novas tecnologias e tecnologias emergentes (ex: IA, NPL). Estas equipas multidisciplinares conseguem definir o problema a resolver, desenvolver a solução e garantir a sua implementação junto de profissionais de saúde e dos utentes. Ou seja, são projetos na sua maioria com uma avançada maturidade digital, pilotos ou não, entre outros que - apesar de embrionários - reúnem um enorme potencial tecnológico para a área da saúde, privilegiando sempre o conceito do patient centered”, afirma Filipa Fixe, Executive Board Member da Glintt.

Fonte: 
BloomCast Consulting
Nota: 
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