Covid-19

Investigadora do i3S cria teste que estuda resposta celular à presença do novo coronavírus

Anabela Cordeiro, docente da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e investigadora no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), é a mentora de um projeto que pretende, com recurso a um teste celular complementado com um serológico, identificar a capacidade de resposta imunológica de doentes assintomáticos, após recuperação pela infeção de Covid-19.

Desenvolvido em parceria com o Banco de Sangue do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia| Espinho (CHVNG/E), o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC) e o Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto (ISPUP), e financiado no quadro da iniciativa “RESEARCH 4 COVID-19” da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT),  o projeto de investigação conjuga a deteção da resposta celular específica das células do sangue periférico, com a resposta serológica de anticorpos específicos contra as proteínas do coronavírus SARS-COV-2 na sua conformação nativa, o que não acontece nos kits sorológicos que existem atualmente no mercado.

A grande inovação é a possibilidade de se testar, com recurso a técnicas laboratoriais, a resposta celular à presença da proteína do novo coronavírus, através de estimulação de células de pacientes em contacto com o SARS-COV-2 e verificar a capacidade de resposta a nova infeção.

De acordo com Anabela Cordeiro, “o método conjuga a resposta das células com a resposta dos anticorpos. Nós queremos identificar o estado imunológico da pessoa que contactou com o vírus, ou seja, se a pessoa tem a capacidade de as suas células responderem ao novo contacto do vírus e produzir anticorpos contra o SARS-COV-2, e que tipos de anticorpos são esses. Se são polireativos sem especificidade contra o vírus, ou se são anticorpos que podem neutralizar o vírus”.

Os resultados da investigação podem ser fundamentais para determinar a possibilidade de utilização de marcadores celulares, em conjunto com os anticorpos produzidos por estes doentes assintomáticos, na avaliação do estado imunológico antes da vacinação e da capacidade destes anticorpos no tratamento de doentes infetados.

 

 

Fonte: 
Universidade do Porto
Nota: 
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Foto: 
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto