Investigação sobre apneia do sono, doença de Parkinson, doenças parasitárias e epitélios premiadas
Estas são algumas das questões de partida dos quatro projetos científicos distinguidos este ano pelas Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, uma iniciativa da L’Oréal Portugal em conjunto com a Comissão Nacional da UNESCO (CNU) e com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O programa, que completa a sua 20ª edição, vai apoiar a investigação de Laetitia Gaspar - Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, Cláudia Deus - Inst. Multidisciplinar de Envelhecimento da Universidade de Coimbra, Sara Silva Pereira - Centro de Investigação Biomédica da Universidade Católica Portuguesa, e Mariana Osswald - Inst. de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto.
As quatro investigadoras, já doutoradas e com idades entre os 31 e os 37 anos, foram selecionadas de entre várias dezenas de candidatas pela relevância dos seus projetos apresentados em 2023. Cada uma é reconhecida com um prémio individual de 15 mil euros. A seleção coube a um júri científico presidido por Alexandre Quintanilha, Professor catedrático jubilado e investigador na área da Física.
Refira-se que o apoio da L´Oréal às mulheres da ciência começou formalmente em 1998, com uma parceria com a UNESCO, que deu origem ao programa L’Oréal-UNESCO For Women em Science, premiando anualmente cinco cientistas consagradas, uma de cada região do mundo. 132 grandes mulheres cientistas foram já premiadas, sete das quais receberam posteriormente um prémio Nobel.
Este programa internacional serviu de inspiração a dezenas de iniciativas locais dirigidas a jovens e mulheres investigadoras, apoiando-as a dar continuidade às suas carreiras científicas e a sensibilizar os decisores - e a sociedade em geral - para uma ciência sem barreiras de género. Foi neste âmbito que nasceram, em 2004, as Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. A iniciativa nacional distingue, anualmente, cientistas jovens e já doutoradas, com idade até 35 anos (mais um ano por cada filho) e com projetos promissores nas áreas das Ciências, Engenharias e Tecnologias para a Saúde ou para o Ambiente.
“É um orgulho olhar para estas jovens que souberam fazer o seu caminho, que se mantiveram firmes em avançar e que, ao longo destas duas décadas, têm sido um modelo e uma inspiração para muitas outras jovens cientistas. Elas são a prova de que o conhecimento e a ciência não têm género!”, refere Gonçalo Nascimento, Country Coordinator da L’Oréal em Portugal, reiterando o empenho da L’Oréal em continuar a promover uma ciência equitativa e a apoiar as mulheres que a fazem avançar, tanto a nível local como também através das iniciativas internacionais que realiza anualmente.