Estudo publicado no New England Journal of Medicine

Investigação confirma que vacina de mRNA aumenta risco de inflamação cardíaca

A vacina de mRNA desenvolvida pela Pfizer e BioNTech para combater a Covid-19 aumenta “marginalmente o risco de inflamação cardíaca, mas o risco é maior entre os infetados com o coronavírus”, revela um estudo publicado esta quarta-feira no New England Journal of Medicine.

Segundo dados existentes, os investigadores conseguiram concluir que 1 a 5 pessoas, em cada 100.000 que recebem a vacina, desenvolverão miocardite. Essa taxa é muito maior - 11 por 100.000 - entre as pessoas infetadas com o coronavírus, sublinham

Segundo a Reuters, os investigadores compararam as taxas de eventos adversos em 884.828 indivíduos vacinados e um número igual de pessoas não vacinadas. No total, 21 pessoas relataram miocardite no grupo vacinado - na sua maioria jovens - em comparação com 6 pessoas entre os não vacinados.

A maioria dos eventos adversos em pessoas vacinadas foram leves, mas alguns, como a miocardite, são potencialmente graves, referem os investigadores.

Os investigadores também analisaram as taxas de eventos adversos em mais de 240.000 doentes infetados. Os resultados indicam que a infeção COVID-19 é, por si só, um fator de risco muito forte para a miocardite, e também aumenta substancialmente o risco de outros eventos adversos graves, acrescentam.

"Para mim este é um trabalho realmente fantástico em parte porque realmente retira dados do mesmo sistema, e tenta fornecer mais informações, não apenas sobre os riscos potenciais da vacinação, mas também os potenciais benefícios da vacinação", disse Grace Lee, da Universidade de Stanford, cujo editorial foi publicado com o relatório.

A vacina da Pfizer e a da Moderna foram submetidas a um escrutínio regulamentar em vários países após alguns relatos de casos de inflamação cardíaca.

 

Fonte: 
Reuters
Nota: 
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Foto: 
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