Instituto Ricardo Jorge alarga investigação de fontes biológicas de contaminação fecal em águas balneares

Em comunicado, o INSA revela que a nova metodologia adotada “não pretende substituir a utilização das bactérias intestinais tradicionais (FIBs), indicadores simples e eficientes de uma contaminação fecal, mas permite identificar a espécie responsável pela contaminação, possibilitando assim o alargamento do painel de fontes de contaminação ambiental que passam a poder ser investigadas, quer em águas quer em areia”. De acordo com o instituto, também pode ser investigadas “contaminações fecais com origem em cães, gaivotas, ruminantes (em que é possível distinguir vaca) e porcos”.
“Durante a época balnear surgem por vezes episódios de contaminação fecal das águas ou das areias que acabam por perturbar o uso das praias, podendo mesmo levar à sua interdição”, escreve adiantando que a identificação da origem da contaminação “é crucial para avaliação do risco para a saúde dos banhistas e seleção das medidas corretivas a aplicar”
Regra geral, uma contaminação com origem humana é sempre de maior risco em termos de saúde pública do que uma contaminação com origem em outras espécies animais. No entanto, segundo o INSA estas, não devem ser desprezadas, uma vez que podem promover zoonoses e difusão de resistências a antimicrobianos com potencias efeitos negativos na saúde da população.
“Na sequência da avaliação da utilidade de uma abordagem integrada na monitorização dos recursos hídricos que permita detetar e identificar uma contaminação de origem fecal, foi concluído recentemente um estudo cooperativo entre o INSA e a Câmara Municipal de Lisboa com o objetivo de avaliar a origem da contaminação, informação essencial para se poderem selecionar as medidas de mitigação e correção a aplicar”, sublinha indicando que os resultados do estudo podem ser consultados aqui.