Inquérito revela que maioria dos dentistas portugueses escapou à infeção

Segundo o inquérito, realizado em agosto pela Ordem dos Médicos Dentistas a 4.136 médicos dentistas de um total de 10.653 membros com inscrição ativa, este dado “demonstra que as medidas aplicadas são adequadas e que os médicos dentistas sabem o que estão a fazer no que concerne à infeção cruzada”.
Esta análise revela ainda que 40% dos médicos dentistas consideram que os doentes não têm receio de contágio nas consultas, 30% admite que existe algum medo e 25% diz que talvez tenham algum receio de contágio.
Por outro lado, 48% dos inquiridos revela uma menor disponibilidade financeira dos doentes para prosseguir tratamentos planeados.
As clínicas e consultórios dentários retomaram a sua atividade em 04 de maio com as consultas a serem marcadas previamente por telefone ou correio eletrónico e os utentes a usarem máscara antes de serem atendidos pelo médico.
Em declarações à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas disse que os dados do inquérito revelam que o retomar da atividade correu de forma favorável uma vez que em ambiente clínico é quase nula a taxa de infeção, dando uma garantia de confiança para os médicos e para os doentes.
Miguel Pavão defende, no entanto, que em caso de uma segunda vaga da pandemia é necessário o acesso facilitado à testagem a estes profissionais, uma vez que atualmente o fizeram por iniciativa própria, além de ser necessária a sua classificação como prioritários na vacina da gripe.