Iniciativa alerta para importância do diagnóstico precoce da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
“Viver com DPOC” é uma iniciativa promovida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Fundação Portuguesa do Pulmão e Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas, com o apoio da GSK – GlaxoSmithKline. A ação visa dar a conhecer ao público em geral o que é a DPOC, atualmente considerada a terceira causa de morte no mundo1, alertar para os sintomas e fatores de risco, bem como para o peso que a patologia tem no dia a dia dos doentes.
A ação vai estar a decorrer entre as 13h e as 18h, no Piso 1 junto à Praça Central. Manuel Marques, Ana Martins, Joana Câncio, Isabel Medina, Mariana Alvim, entre outras figuras públicas que vão passar pelo Centro Comercial Amoreiras, vão ter a oportunidade para saber mais sobre esta doença e avaliar a saúde dos seus pulmões.
“É muito importante alertar a sociedade para a DPOC e sublinhar a importância do rápido diagnóstico, pois é comum os doentes desvalorizarem os sintomas - dispneia (falta de ar), tosse, pieira e expetoração - considerando-os consequência normal do avanço da idade ou do tabagismo”, destaca António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).
José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), reforça: “A DPOC é uma patologia respiratória crónica que afeta cerca de 800 mil portugueses, mas uma grande parte deles não sabe que tem a doença, uma vez que há um grande número de casos por diagnosticar. Assim, todos os fumadores devem fazer uma espirometria o mais cedo possível, não devendo esperar pelos 40 anos. Fazer uma espirometria ajuda a detetar precocemente esta e outras doenças respiratórias”.
“A DPOC é uma doença progressiva, que diminui o fluxo de oxigénio aos pulmões, sendo muito comum nos fumadores e ex-fumadores. Tem um grande impacto no dia a dia dos doentes, seja do ponto de vista pessoal, social e profissional”, sublinha Isabel Saraiva, vice-presidente da Respira.
Quase 30% dos doentes com DPOC têm exacerbações frequentes, sendo que cerca de um em cada cinco doentes que têm uma exacerbação, ou agravamento do seu estado de saúde, necessita de hospitalização.2 Na Europa, a DPOC representa 50% da despesa na área respiratória, com custos anuais em saúde e perda de produtividade que rondam os 141,4 mil milhões de euros.
Em Portugal, a DPOC, no ano de 2016, foi responsável por 2791 óbitos, segundo o relatório de 2018 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR). Apesar de as estatísticas indicarem que cerca de 800 mil portugueses com mais de 40 anos tenham esta doença, em 2016 apenas 131.632 pessoas estavam referenciadas nos Centros de Saúde como tendo DPOC e, dessas, apenas 32,3% tinham o diagnóstico confirmado por espirometria, de acordo com o ONDR.
Apesar de geralmente ser progressiva, esta doença crónica tem tratamento e o seu diagnóstico precoce é essencial para que o doente consiga ter a melhor qualidade de vida possível.