Identificados dois biomarcadores que podem prever o risco acrescido de morte por Covid-19
Os biomarcadores, detetáveis nas análises ao sangue, são duas enzimas cujos níveis aumentaram significativamente mais entre os doentes com coronavírus que acabaram por morrer do que entre aqueles que conseguiram recuperar da infeção, informou a Universidade de São Paulo (USP).
A peculiaridade destas enzimas foi descoberta por investigadores da USP, a principal universidade do Brasil; a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o principal centro de investigação em saúde da América Latina, e a Clínica Mayo nos Estados Unidos.
De acordo com o estudo, cujos resultados constam de um artigo publicado na última edição da revista científica internacional Biomedicine & Pharmacoterapia, os níveis de metaloproteinases (MMP) 2 e 9 em doentes que morreram de Covid eram muito superiores aos registados naqueles que recuperaram da doença.
Os investigadores avaliaram os níveis destas enzimas no sangue de 25 pacientes hospitalizados num hospital universitário da USP e 29 pessoas saudáveis.
As metaloproteinases compreendem uma família de 25 enzimas que atuam na degradação das proteínas da matriz celular, ou seja, na união das células, para garantir a remoção e renovação permanente dos tecidos.