Tecnologia inovadora e disruptiva

Hospital de Santa Maria – Porto recebe dispositivo para elevar a artroplastia da anca e do joelho

MAKO é um braço robótico, uma tecnologia de ponta que faz a sua estreia em Portugal, hoje, dia 6, no Hospital de Santa Maria – Porto, com a promessa de levar a cirurgia de substituição da anca e do joelho a um novo patamar de precisão e segurança.

Com o crescente envelhecimento da população e o aumento das taxas de obesidade e lesões, a Organização Mundial de Saúde não tem dúvidas que os casos de osteoartrite, um problema que pode afetar qualquer articulação móvel do corpo, vão aumentar. Aliás, tem sido assim ao longo dos anos: em 2019, contavam-se cerca de 528 milhões de pessoas no mundo a viver com este problema, que já tinha sofrido um aumento de 113% desde 1990, sendo o joelho a articulação mais frequentemente afetada, logo seguido da anca. É também expectável o crescimento da necessidade de mais artroplastias, as intervenções cirúrgicas que visam a substituição das articulações afetadas. É para lhes dar uma resposta mais eficaz e uma mais eficiente recuperação, que acaba de chegar a Portugal o MAKO, um braço robótico que permite ao cirurgião uma experiência mais precisa e segura ao realizar esta cirurgia da anca e joelho, com ganhos para os profissionais de saúde, os doentes e as instituições.

A estreia nacional faz-se no Hospital de Santa Maria – Porto, hoje, dia 6 de fevereiro. É aqui que vai ser instalado o primeiro MAKO no nosso país, o que, explica Rui Pinto, Médico Ortopedista e Diretor Clínico deste Hospital, “a adoção deste dispositivo é crucial para melhorar a nossa prática na área das cirurgias de substituição das articulações da anca e do joelho. Temos de aproveitar os benefícios que a tecnologia inovadora proporciona aos doentes, durante e após os procedimentos cirúrgicos. Estamos muito entusiasmados de sermos os primeiros a receber esta tecnologia e de a implementar de forma a proporcionar melhor qualidade de vida e conforto a todos os que dela vão beneficiar.” 

A presença de robôs nos serviços de saúde não é nova. E sistemas com braços robóticos para substituição de articulações também já existem. Mas o MAKO é diferente. Ao contrário da tecnologia já disponível, que recorre a marcadores do doente e a algoritmos que reproduzem o modelo de articulação do doente, o MAKO é o único robot ortopédico que utiliza a TAC do doente para reproduzir o modelo 3D da sua articulação, permitindo pela primeira vez falar de medicina personalizada, no tratamento de substituição da articulação da anca e do joelho.

A tecnologia que utiliza, a Accustop, garante que o braço robótico não ultrapassa as margens de ação definidas previamente pelo cirurgião, protegendo todas as estruturas fundamentais da articulação e evitando a agressividade de exposições de estruturas desnecessárias. Ou seja, com maior precisão e segurança, conduz a uma menor exposição e um menor dano nos tecidos moles, e uma maior conservação do osso, o que, por sua vez, permite reduzir o erro e aumentar a confiança na cirurgia.  

Para os serviços de saúde, isto traduz-se numa redução significativa de recurso a opiáceos e outros analgésicos a utilizar, de custos de esterilização, custos de internamento, uma redução de futuras revisões, de custos da duração da fisioterapia, entre outros. Mas além do impacto na fatura e do facto de ser uma mais-valia para os cirurgiões, isto significa, para o doente, uma recuperação da mobilidade e autonomia mais rápida e eficiente, por implicar menor “agressividade cirúrgica”, com menor traumatismo articular, maior proteção das partes moles, menor risco de luxação articular no caso da anca; uma diminuição da dor no pós-operatório imediato, com consequências na reabilitação, que pode ser mais rápida e melhor tolerada pelo doente; menos tempo de internamento; mais segurança e, sabendo que um número muito significativo das revisões das próteses são originadas por um mau posicionamento dos implantes, a médio prazo, uma redução do número de revisões pela má técnica de implantação da prótese.

Benefícios confirmados pelos doentes de outros países - ao todo, foram realizadas mais de 2(dois) milhões de cirurgias em todo o mundo com a tecnologia MAKO -, que relataram diminuição dos  tempos médios de internamento e, ao mesmo tempo, melhoria dos resultados obtidos.

Salvador Cerqueiro, Iberia Managing Director da Skymedical, a empresa responsável pela introdução do MAKO em Portugal, numa parceria com o fabricante Stryker, confirma o entusiasmo com a chegada desta inovação. “Estamos entusiasmados em unir forças com as instituições de saúde, como o Hospital de Santa Maria - Porto, proporcionando acesso a uma ferramenta com potencial para melhorar as cirurgias de substituição de articulações, com resultados e tempos de recuperação ainda melhores para os doentes.”

 
Fonte: 
Skymedical
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Skymedical