Hospitais já pensam em retomar a atividade não-Covid
Desde a última semana que os hospitais têm estado a libertar camas antes dedicadas à Covid-19. O Hospital de Braga, por exemplo, conta atualmente com 75 doentes Covid-19, um número que fica distante dos 190 registados há três semanas e que permite agora colocar o foco na recuperação de consultas e cirurgias.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração, João Porfírio Oliveira, o número de doentes Covid-19 internados em enfermaria “desceu drasticamente”, o que já permitiu “desmobilizar algumas unidades” e “reverter algumas alterações” que tinham sido feitas para acudir ao pico da pandemia.
“Estamos a libertar espaços e profissionais para recuperar consultas e a atividade cirúrgica convencional, que é agora o nosso principal foco”, acrescentou.
Também os Hospitais do Oeste estimam retomar consultas e cirurgias não programadas já em março.
De acordo com a administradora, Elsa Baião, o CHO está a avaliar se consegue retomar as consultas e as cirurgias não programadas em março, apesar de reconhecer que “ainda há um grande número de profissionais afetos às áreas Covid” nos hospitais de Torres Vedras e Caldas da Rainha.
A retoma da atividade assistencial não programada decorre de uma menor procura às urgências e de uma diminuição do internamento de doentes com Covid-19, registadas desde o dia 10 de fevereiro.
A capacidade de internamento para doentes infetados pela Covid-19 baixou de 142 para 129 camas nos dois hospitais de Torres Vedras e Caldas da Rainha, à medida que foram sendo desocupadas.
Hospital de São João restabelece áreas «mais críticas» de atividade
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, encontra-se restabelecer as áreas “mais críticas” de atividade não Covid-19, à medida que o internamento de doentes com SARS-CoV-2 vai diminuindo.
De acordo com o CHUSJ, a retoma da atividade está a ser feita “nas áreas mais críticas”, como oncologia, cardiovascular, neurovascular e hemato-oncologia, mas também nas áreas cirúrgicas.
Segundo o CHUSJ, as consultas externas, o hospital de dia e a cirurgia de ambulatório “mantiveram uma atividade próxima da expectável, de forma a não penalizar os doentes”.
“Ao contrário da 1.ª vaga, há um ano, em que a atividade foi toda suspensa, nestas 2.ª e 3.ª vagas fomos capazes de assegurar uma resposta robusta e competente aos doentes não Covid-19, que sempre foram uma preocupação do hospital”, assegurou o CHUSJ, acrescentando que procurou “estar sempre um passo à frente da pandemia”.