Hospitais COVID ficaram longe da rutura, dizem especialistas de Medicina Interna
Até ao dia 29 de abril, responderam ao inquérito 63 dos 85 dos hospitais COVID. De acordo com a nota de imprensa enviada pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, foi possível apurar que os “especialistas e Internos de Formação Específica de Medicina Interna integraram todas as Unidades de Internamento COVID dos hospitais do país”.
Quanto à lotação de camas de enfermaria COVID, a SPMI faz saber que existiram um total de 1.963 cama disponíveis, tendo-se verificado uma taxa de ocupação de 48,8%. “Havia também 620 camas de Intensivos para doentes COVID, sendo a taxa de ocupação de 31,6%”, pode ler-se no documento.
Em 65% das Enfermarias COVID trabalharam em conjunto Especialistas de Medicina Interna e muitos outros Especialistas, enquanto em 35% a gestão foi integralmente assegurada por Internistas.
Foram contabilizados 327 Especialistas de Medicina Interna e 248 Internos de Medicina Interna em dedicação exclusiva ao tratamento dos doentes COVID (nas enfermarias e nas Unidades Intensivas).
Por outro lado, mostram os dados agora divulgados, “os Serviços de Medicina Interna asseguravam o tratamento em simultâneo a 3.157 doentes sem infeção COVID19”.
Para João Araújo Correia, Presidente da SPMI “estes resultados demonstram as vantagens inegáveis de ter um SNS forte, com capacidade de resposta a um acontecimento inesperado, com a magnitude desta pandemia. De facto, as taxas de ocupação das enfermarias COVID (48,8%) ou dos Cuidados Intensivos COVID (31,6%), demonstram que ficamos muito longe da rutura”.
“Estamos convencidos, que o facto de Portugal ter a Medicina Interna como a especialidade base do Sistema de Saúde no Hospital (14% do total dos especialistas hospitalares), contribuiu para termos uma resposta rápida, organizada e competente”, concluiu.