GSK e Save the Children renovam uma parceria centrada nas crianças que nunca foram vacinadas
Destacado de forma proeminente na estratégia de Fase 5 da Gavi, a Vaccine Alliance e na Agenda de Imunização 2030 da Organização Mundial de Saúde, o conceito de "dose zero" refere-se a crianças que nunca receberam nenhuma vacina de rotina. Utilizando os conhecimentos combinados da GSK e da Save the Children e os dez anos de experiência de trabalho conjunto, irão desenvolver, pilotar e implementar abordagens personalizadas para chegar às crianças com “dose zero” em diversos contextos.
As duas organizações juntaram-se pela primeira vez em 2013, para partilharem conhecimentos, recursos, alcance e influência no combate a algumas das principais causas de morte infantil nos países de baixo rendimento. Até à data, chegaram a mais de 3,5 milhões de crianças com cuidados de saúde essenciais, formaram e equiparam mais de 39 000 profissionais de saúde nas comunidades mais remotas e marginalizadas e defenderam, a nível nacional e mundial, a incorporação de políticas mais fortes para proteger a saúde das crianças.
A próxima fase desta parceria centrar-se-á num dos desafios mais urgentes da saúde infantil: as crianças com “dose zero”. Os sistemas de saúde sobrecarregados e as medidas de confinamento durante a pandemia de COVID-19 desencadearam o maior declínio global na imunização de rotina dos últimos 30 anos, provocando o aparecimento de doenças como a poliomielite, o sarampo e a cólera em sítios onde não eram vistas há décadas.
Não há lugar onde isto se tenha sentido de forma mais acentuada do que em África. O continente tem o maior número de crianças com dose zero do mundo: 8,7 milhões de crianças. Mais de um terço destas crianças vive na Nigéria e na Etiópia, onde os impactos combinados da pandemia, da pobreza, das alterações climáticas, da instabilidade e dos conflitos estão a afetar as campanhas de vacinação.
Lia Tadesse, Ministra da Saúde da República Federal Democrática da Etiópia, afirmou "Reduzir significativamente o número de crianças que nunca foram vacinadas é essencial para o desenvolvimento nacional e mundial. O governo da Etiópia continua empenhado num objetivo ambicioso de reduzir em 50% o número de crianças com "dose zero" em todo o país até 2025. Nada disto é possível sem uma parceria global e estamos ansiosos por trabalhar com a GSK e a Save the Children neste esforço. Com a experiência em saúde, imunização e cadeia de abastecimento, podemos derrubar as barreiras que impedem as crianças das nossas comunidades mais vulneráveis de serem totalmente vacinadas."
s organizações vão trabalhar em conjunto para desenvolver dois programas de classe mundial na Nigéria e na Etiópia, de forma a ajudar mais crianças a receberem as vacinas necessárias para se manterem saudáveis. Liderados pelas comunidades e em colaboração com os centros de saúde locais, o governo e outros parceiros, vão desenvolver, dirigir e implementar abordagens eficazes para melhorar a qualidade dos serviços de vacinação, assegurando que podem continuar a funcionar mesmo em caso de crise - quer seja através da formação de profissionais de saúde locais ou do fornecimento de frigoríficos solares para manter as vacinas frias durante a viagem e garantir que os serviços de vacinação se tornem mais inclusivos e possam ser acedidos por todas as crianças - utilizando dados para identificar as comunidades que podem não estar a receber vacinas e contribuindo para reduzir o tempo que as famílias passam a viajar para ter acesso às vacinas dos seus filhos.
Estas organizações vão trabalhar com as "comunidades perdidas" - onde há muitas crianças com dose zero - para aumentar a sensibilização relativamente à importância das vacinas e desmistificar a desinformação e colaborar com o governo, grupos comunitários e ONGs nacionais e mundiais, para campanhas de vacinação mais coordenadas, abrangentes e eficazes.
Xavier Joubert, Diretor Nacional da Save the Children na Etiópia, afirmou: "Nenhuma criança deve morrer de uma doença que pode ser prevenida por vacinas. No entanto, o número de casos e a taxa de mortalidade por doenças como a cólera e o sarampo estão a aumentar na Etiópia e é urgente resolver os obstáculos que impedem as crianças de terem acesso à vacinação de rotina. É com grande satisfação que anunciamos este novo financiamento e a oportunidade de promover a mudança através da próxima fase da parceria entre a Save the Children e a GSK. O momento não poderia ser mais oportuno, uma vez que os líderes mundiais se reúnem na Assembleia Geral da ONU para discutir a Cobertura Universal de Saúde. Esta questão deve estar no topo da agenda".
A GSK e a Save the Children vão igualmente lançar uma incubadora de inovação, através da qual trabalharão com organizações de base comunitária, ONGs nacionais, equipas de investigação locais, empresas sociais e empresas de tecnologia para testar soluções de ponta que ajudem a vacinar mais crianças. As abordagens mais promissoras terão a oportunidade de aumentar o seu impacto através de apoio financeiro e técnico, e testar as suas inovações num ambiente real.
Thomas Breuer, Chief Global Health Officer da GSK, afirmou: "As vacinas são algumas das intervenções de saúde com maior impacto que existem, mas muitas famílias não têm acesso a estas para beneficiarem da proteção que oferecem. Trabalhando com a Save the Children, podemos ajudar mais crianças a manterem-se saudáveis e mais pais a protegerem os seus filhos de doenças evitáveis. Na GSK, temos o prazer de renovar o nosso compromisso, com base numa década de parceria que teve um impacto significativo na melhoria dos resultados de saúde de milhões de crianças mais vulneráveis."
A parceria realizará uma investigação sólida para mostrar as razões e o modo como as soluções funcionam, para que outros possam ampliar ou reproduzir as intervenções bem-sucedidas. Em colaboração com parceiros académicos nacionais e mundiais, a GSK e a Save the Children tencionam partilhar conhecimentos para ajudar a colmatar as lacunas de provas e catalisar os esforços mundiais para aumentar a vacinação e reduzir o peso das doenças infeciosas.