GS1 Portugal discute boas práticas nacionais e internacionais de codificação no setor da saúde
Com os contributos de representantes da GS1 Portugal, nomeadamente, de Beatriz Águas, Responsável de Relações Corporativas e Eventos; Cátia Gouveia, Gestora de Estudos de Níveis de Serviço; Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Compliance e Formação; e Sofia Perdigão, Gestora de Saúde, a 36.ª edição do HUG permitu a partilha de ponto de situação de desenvolvimentos relevantes em standards no setor, a nível internacional e nacional, bem como a partilha de projetos de iniciativas futuras.
Sofia Perdigão iniciou a reunião com a partilha de atualizações relativas ao Regulamento dos Dispositivos Médicos de Diagnóstico in Vitro, destacando que a Comissão Europeia (CE) tem estado muito ativa nesta matéria, estando já disponível um manual para notificação dos estudos de performance e um manual para produtos borderline, entre dispositivos médicos e dispositivos médicos in vitro, com o objetivo de colmatar a dificuldade na caracterização, em algumas circunstâncias. Como acrescentou a representante da GS1 Portugal para o setor da saúde, a CE dispõe já de uma secção específica no seu website com informação adicional.
Sofia Perdigão pronunciou-se ainda sobre a Master UDI – Unique Device Identification, com um novo nível de identificação, acrescentado devido à necessidade de identificar produtos específicos, como é o caso, por exemplo, das lentes de contacto. Recorde-se, a este propósito, que a GS1 é, a nível global, uma das quatro entidades que podem emitir este tipo de identificadores.
Nesta 36.ª edição foi também apresentado o Case-study da Pfizer, de aplicação de standards em Ensaios Clínicos. Conforme exposto nesta 36.ª reunião do HUG, a farmacêutica codificou todos os produtos e todos os elos de cada fase dos ensaios clínicos (desde produtos aos locais em que decorrem os ensaios). “Existia uma grande dificuldade em colocar toda a informação no rótulo e, por isso, conseguiram fazê-lo através de um data matrix, com capacidade para incluir mais informação e para gerar, assim, maior eficiência em toda a cadeia”, afirmou Sofia Perdigão.
O resumo dos highlights do evento GS1 Healthcare Conference 2022, em que foram partilhadas as atualizações e melhores práticas da rastreabilidade em saúde, com exemplos específicos na área hospitalar, foi apresentado por Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Compliance e Formação da GS1 Portugal. Foi partilhada na reunião a intervenção de Rachael Ellis, Scan4Safety Programme Director, no Reino Unido, que destacou o impacto positivo da interoperabilidade no setor da saúde para o doente, permitindo colocá-lo no centro da decisão, dando como exemplo o momento em que, em plena pandemia, foi rapidamente possível localizar ventiladores com defeito com recurso à respetiva codificação.
Da síntese dos principais destaques internacionais passou-se para a apresentação, por Cátia Gouveia, Gestora de Níveis de Serviço da GS1 Portugal, das conclusões do mais recente Benchmarking Saúde, a 7.ª edição deste estudo da relação colaborativa entre operadores do setor, um estudo bidirecional anual que afere perceções sobre a relação entre parceiros e interlocutores, definindo oportunidades de melhoria e que contou, nesta edição, com um número record de participantes dos canais parafarmácias de retalho, armazenistas, laboratórios e grupos de farmácias. Nesta edição do HUG, foi explicado que os resultados da atribuição de prémios das melhores práticas são apresentados em ranking, o que gera competitividade e permite perceber quais os players mais eficientes do mercado, a ter como referência. Cátia Gouveia anunciou ainda que a 8.ª edição está em preparação, sendo já possível aos interessados avançar e registar-se.
O evento foi encerrado com a intervenção de Beatriz Águas, Responsável de Relações Corporativas e Eventos da GS1 Portugal, que divulgou a agenda do próximo Seminário de Saúde da GS1 Portugal, a 18 de maio de 2023. Sofia Perdigão anunciou ainda que a próxima reunião do HUG será no dia 28 de março de 2023.