Grupo Português de Glaucoma da SPO promove webinar sobre glaucoma pediátrico
O glaucoma pediátrico é considerado raro, contudo quando se verifica resulta frequentemente em deficiência visual grave e é responsável por um impacto significativo no desenvolvimento e qualidade de vida das crianças afetadas, bem como das suas famílias.
Este webinar conta com a participação de especialistas de renome na área de oftalmologia pediátrica e vai abordar temas relacionadas com os tipos de glaucoma pediátrico, quais os sinais de alarme ou suspeita a que profissionais de saúde e familiares devem estar atentos.
Em idade pediátrica, o glaucoma pode ser dividido em dois grupos: primário e secundário. No glaucoma primário existe uma anomalia no desenvolvimento do sistema de drenagem do líquido intraocular, que resulta no aumento da pressão intraocular que por sua vez leva à lesão do nervo ótico. Cerca de 10% dos casos podem ser hereditários e podem classificar-se de acordo com a idade da criança em que se registam os primeiros sinais associados:
Glaucoma congénito primário quando ocorre desde o nascimento até aos 24 meses de vida;
Glaucoma primário de início tardio quando ocorre entre os 24 meses e a puberdade.
O glaucoma pediátrico secundário pode resultar de doenças oculares, como doença inflamatória, de traumatismo ocular ou do uso de certos medicamentos como corticosteroides. As crianças que são operadas a catarata têm também uma probabilidade elevada de vir a ter glaucoma. Neste grupo, inclui-se também o glaucoma que pode surgir associado a doenças sistémicas como anomalias cromossómicas e genéticas.
No que diz respeito ao tratamento do glaucoma pediátrico, a opção cirúrgica é muitas vezes a mais adequada embora, tal como nos adultos, os colírios e o laser possam ter um papel preponderante em muitos casos.
As inscrições estão disponíveis aqui.