Governo decide “cortar totalmente as celebrações de Ano Novo”

Assim, o Primeiro-Ministro apelou a todas as famílias para “reunirem o menor número de pessoas possível” para estarem à mesa o tempo estritamente necessário, para evitarem espaços fechados, pouco arejados e para “estarem o máximo de tempo possível com máscara”.
António Costa lembrou que quando anunciou “as medidas que desejava que vigorassem até ao próximo dia 7 de janeiro”, anunciou também “que faríamos uma reavaliação em função da evolução da pandemia”.
Número de óbitos mantém-se elevado
“A evolução ao longo destas semanas confirma que continuamos a reduzir o número de novos casos, de pessoas internadas em enfermaria geral e em unidades de cuidados intensivos. Contudo, o número de óbitos continua ainda extremamente elevado”, sublinhou.
“Se repararmos bem na evolução semana após semana, o ritmo de diminuição do número de novos casos por semana tem vindo a tornar-se mais lento. Ou seja, não estamos no ponto onde desejávamos”, disse ainda.
Por isto, “os festejos de natal têm de correr com o máximo de cuidado”, disse, acrescentando que “temos de ter a consciência de que cada um de nós é um risco e o risco é tanto maior quantos mais formos e quanto menos protegidos cada um estiver”.
“Pedimos a todas as famílias que se procurem organizar para que o Natal seja um momento de partilha dos afetos, mas não do vírus”, disse acrescentando que logo a seguir ao Natal vão ter de se adotar medidas de máxima contenção para que o número de caso não se “multiplique” no início do ano.
Neste sentido, o Governo tomou a decisão de “cortar totalmente as celebrações do Ano Novo”, sendo que a liberdade de circulação será restrita a partir das 23h de 31 de dezembro.
No dia 1, e no sábado e domingo, dias 2 e 3, a liberdade de circulação será restrita a partir das 13h.
O Primeiro-Ministro concluiu afirmando que “este sacrifício é fundamental para que o Ano Novo seja mesmo um novo ano de esperança, de podermos vencer a pandemia a recuperar plenamente a nossa liberdade”.