Reforçar a imunidade nos grupos de risco

Fundação Portuguesa do Pulmão lança a Campanha “Juntos contra a Pneumonia”

Num período em que Portugal pode estar a enfrentar uma segunda vaga de Covid-19, a Fundação Portuguesa do Pulmão, em parceria com o Hospital de Santa Maria - Porto, lança uma campanha de oferta de vacinas conta a doença pneumocócica, com o objetivo de reforçar a imunidade nos grupos de risco. Esta Bolsa de Vacinas foi criada para apoiar quem está mais fragilizado perante a doença.

Neste âmbito, serão oferecidas 100 vacinas pneumocócicas conjugadas 13 valente, às quais se podem candidatar indivíduos que apresentem uma prescrição médica e que tenham “idade superior a 65 anos, comprovada por cartão de cidadão, mesmo que não apresentem qualquer patologia subjacente”, ou sejam “pessoas consideradas grupo de risco para pneumonia, com apresentação de declaração médica referindo a sua inclusão num grupo de risco”.

“Nunca, como agora, foi tão evidente a importância de garantirmos a proteção de quem está mais fragilizado. Doenças graves como a Pneumonia são potencialmente fatais e transversais à sociedade. No entanto, e apesar de a podermos evitar através de vacinação, a Pneumonia continua a matar uma média de 16 pessoas por dia no nosso País”, esclarece a Fundação Portuguesa do Pulmão em comunicado.

“Há casos de Pneumonia ao longo dos doze meses do ano, mas é na época da Gripe que se dá o maior aumento de episódios. Nesta altura, e neste ano em particular, é fundamental que se aposte na prevenção de doenças para as quais já existe vacina”, alerta a FPP.

Para serem candidatos às vacinas, explica, os portugueses devem apresentar uma prescrição médica e fazer a sua inscrição através do telefone 225 082 000. “As vagas são limitadas ao número existente de vacinas (100). Os primeiros 100 utentes terão a vacina anti-pneumocócica e a sua administração completamente gratuitas, suportadas pela Fundação Portuguesa do Pulmão e pelo Hospital de Santa Maria – Porto”, esclarece.

 “A Fundação Portuguesa do Pulmão entende que, dada a situação de pandemia que estamos a enfrentar, todas as pessoas com mais de 65 anos, só pelo fator idade, constituem um grupo de risco. Queremos evitar que desenvolvam infeções respiratórias graves e isso só é possível com a administração da vacina anti-pneumonia”, refere, a propósito, José Alves, médico pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.

“Neste período de grande incerteza devido ao atual crescimento dos casos de Covid-19, entendemos que é essencial proteger os grupos de risco, ainda mais porque vamos entrar na época tradicional da gripe. Com esta ação, para além de sensibilizar para a necessidade da realização da vacina, estamos a contribuir para oferta da mesma a pessoas que não teriam acesso a ela”, salienta Rui Pinto, médico e diretor clínico do Hospital de Santa Maria – Porto.

De destacar que do grupo de risco fazem parte, para além das pessoas com mais de 65 anos de idade, os indivíduos constantes do Grupo I da norma 011/2015 da DGS, ou seja, portadores das seguintes patologias:

  • Doença Cardíaca Crónica (insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquémica, hipertensão pulmonar, cardiomiopatias)
  • Doença hepática crónica ou insuficiência renal crónica
  • Doença Respiratória Crónica (insuficiência respiratória crónica, DPOC, enfisema, asma brônquica, bronquiectasias, doença intersticial pulmonar, fibrose quística,  Pneumoconioses, doenças neuromusculares
  • Pré-transplantação de órgão
  • Dador de medula óssea (antes da doação)
  • Fístulas de LCR
  • Implantes cocleares (candidatos e portadores)
  • Diabetes mellitus, com tratamento farmacológico
  • Imunocomprometidos (asplenia ou disfunção esplénica, imunodeficiência primária, infecção por VIH, doença neoplásica activa, síndrome de Down, síndrome nefrótico)
Fonte: 
Multicom
Nota: 
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