Europacolon alerta que há dificuldade no acesso aos tratamentos de Tumores Neuroendócrinos
Presidente da Europacolon Portugal alerta que “os doentes que enfrentam diversas dificuldades, nomeadamente no acesso ao tratamento e na transferência de hospitais referenciadores para hospitais tratadores. O Sistema Nacional de Saúde vai ter de se reorganizar, pois estas burocracias demoram vários meses e podem ser muito prejudiciais à sobrevida do doente, assim como à sua qualidade de vida e bem-estar psicoemocional. Estes problemas podem ser ultrapassados com uma melhor organização”.
No próximo dia 10 de novembro comemora-se o Dia Mundial dos Tumores Neuroendócrinos e a Europacolon Portugal organiza, em parceria com o Grupo de Estudos dos Tumores Neuroendócrinos, um debate em direto na sua página de Facebook, com o objetivo de sensibilizar para os sintomas e para a importância do diagnóstico precoce.
Os Tumores Neuroendócrinos (TNE) desenvolvem-se a partir das células neuroendócrinas.
Estas estão presentes em vários órgãos como o estômago, o pâncreas, o pulmão, e cumprem funções distintas de regulação. Como qualquer célula, podem sofrer uma transformação maligna, originando cancro.
Os sintomas persistentes, mais comuns, podem ser: vermelhidão da pele e do rosto, problemas digestivos, dor abdominal, diarreia, falta de ar, tosse, dor no peito, hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), hiperglicemia (elevados níveis de açúcar no sangue) e sudação excessiva sem razão aparente.
A Europacolon tem dado apoio a doentes que enfrentam diversas dificuldades no decorrer da sua doença, nomeadamente no acesso ao tratamento e na transferência de hospitais referenciadores para hospitais tratadores.
“Acreditamos que o Sistema Nacional de Saúde vai ter de se reorganizar e a Europacolon pode ser um facilitador destas burocracias, que por vezes demoram vários meses e que podem ser muito prejudiciais à sobrevida do doente, assim como à sua qualidade de vida e bem-estar psicoemocional. Estes problemas podem ser ultrapassados com uma melhor organização”, alerta Vítor Neves, presidente da Associação de doentes.
Para a Associação é importante sensibilizar a comunidade médica para os TNE, de forma a diagnosticá-los o mais precocemente possível e os doentes devem ser referenciados e acompanhados por equipas multidisciplinares e com experiência em TNE.
“O diagnóstico e estadiamento precisos são fulcrais para ajustar e individualizar o tratamento. A correta orientação destes doentes implica, na maioria das situações, a utilização e articulação de múltiplos meios diagnósticos e terapêuticos. Centralizar e coordenar os cuidados de modo multidisciplinar é essencial para melhorar os resultados obtidos”, refere Raquel Martins, coordenadora do GE-TNE e médica Endocrinologista no IPO de Coimbra.