Eficácia da vacinação contra a Covid-19

Estudo revela que 97% dos profissionais do CHUC apresenta anticorpos protetores contra a doença

Os Serviços de Saúde Ocupacional e Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em articulação, estão a levar a cabo um estudo serológico alargado, proposto a todos os funcionários, com o objetivo de monitorizar a eficácia da vacinação. De acordo com os dados agora divulgados, 97% dos profissionais de saúde deste Centro Hospitalar apresentam anticorpos protetoras contra a Covid-19.

De acordo com a nota de imprensa, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) relembra que se encontra em processo de vacinação de todos os seus funcionários, “tendo já sido vacinados 4.458 (55%), o que representa mais de metade da população ativa desta instituição”.

A vacinação para a Covid-19, realizada com 2 doses de vacina (Pfizer), com intervalo de 3 semanas, explica o CHUC, “desenvolve dois tipos de imunidade: a imunidade celular e a imunidade humoral, sendo esta última mais fácil de avaliar através de doseamento de anticorpos tipo Imunoglobulina G, anti-SARS-COV-2, (anti-espícula)”.

Com o objetivo de monitorizar a eficácia da vacinação, os Serviços de Saúde Ocupacional e Patologia Clínica do CHUC, em articulação, “estão a levar a cabo um estudo serológico alargado”.

Este estudo, sublinha o Centro Hospitalar, “com uma adesão praticamente total, é constituído por uma determinação pré-vacinal que permite a avaliação do estado basal da população, seguida da avaliação pós-vacinal, com o objetivo de determinar a intensidade da resposta serológica à vacina, e das quais apresentamos aqui já alguns dados preliminares”. Estas fases vão ser complementadas com a avaliação ao longo de um ano, “permitindo assim monitorizar a duração da resposta humoral, através de determinações seriadas do título de anticorpos específicos para SARS-CoV-2, aos três, aos seis e aos 12 meses”.

De acordo com o CHUC, “na avaliação basal da população da instituição, candidata às primeiras fases de vacinação, cerca de 4,8% apresentavam já anticorpos, em título significativo tendo, na sua maioria, apresentado situações frustes e aparentemente assintomáticas”.

Na primeira avaliação pós vacinal, dos cerca de 2100 funcionários vacinados (primeiro grupo que aderiu e já com as duas doses), cerca de 97% respondeu de forma adequada produzindo anticorpos em níveis elevados garantindo assim, com elevado grau de probabilidade, uma proteção contra a estirpe para a qual foi desenvolvida esta vacina.

“Assinale-se que a esta nossa avaliação se vão juntar, até ao final desta semana, mais cerca de 1700 funcionários ficando, assim, o CHUC com uma avaliação realizada em 3800 dos seus profissionais”, esclarece o centro hospitalar em nota de imprensa.

Por outro lado, refere que “foi verificada ainda uma ligeira variabilidade do título de anticorpos em função da idade, com os mais jovens a produzirem, em média, ligeiramente mais anticorpos podendo justificar algumas reações secundárias à vacina, mais exuberantes; os raros casos de ausência total de resposta à vacina, ou os que responderam com títulos muito baixos de anticorpos, na maioria das situações apresentaram alguma forma de imunossupressão e/ou patologias crónicas associadas”.

Os Serviços de Patologia Clínica e Saúde Ocupacional vão dar continuidade à monitorização serológica aos três, seis e 12 meses, visando sobretudo confirmar a duração da imunidade bem como a determinação do timing certo para uma possível revacinação, afirma o CHUC.

 

Fonte: 
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)
Nota: 
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