Prémio no valor de 15 mil apoia projeto inovador durante 1 ano

Estudo piloto sobre a relevância clínica das plaquetas como biomarcadores não invasivos vence Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo

O projeto “Relevância clínica das plaquetas como biomarcadores não invasivos no mieloma múltiplo - Um estudo piloto», liderado pela investigadora Ana Bela Sarmento Ribeiro, Professora Associada com Agregação em Hematologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e hematologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), é o vencedor da 5.ª edição da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo. Trata-se de uma iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), com o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

O prémio, no valor de 15 mil euros, irá apoiar o desenvolvimento deste projeto pelo período de um ano, pela equipa de investigação composta por: Ana Cristina Gonçalves (Professora Auxiliar na FMUC), Sérgio Rutella (Professor Catedrático de Imunoterapia do Cancro na Nottingham Trent University), Catarina Geraldes (Diretora do Serviço de Hematologia Clínica do CHUC e Professora Auxiliar convidada da FMUC), Raquel Alves (investigadora do iCBR/CIMAGO da FMUC e do CIBB), Joana Jorge (estudante de doutoramento em Ciências da Saúde no LOH da FMUC) e Bárbara Oliveiros (Professora Auxiliar na FMUC).

«É para nós uma honra o nosso projeto ter sido selecionado para atribuição da bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo (5.ª edição). Felicitamos o apoio aos doentes e à investigação na área do Mieloma Múltiplo que a APCL e a SPH, em parceria com a AMGEN, têm promovido ao longo dos anos, o que muito dignifica estas instituições. A descoberta de novos biomarcadores que possam influenciar o desenvolvimento, prognóstico e resposta à terapêutica em doentes com Mieloma Múltiplo, recorrendo a plaquetas educadas pelos tumores (TEPs) pode ter extrema relevância na deteção precoce, na monitorização dos doentes e na avaliação de resposta através de metodologias não invasivas, o que pode ser uma mais-valia para os doentes com esta patologia», reforça Ana Bela Sarmento Ribeiro, investigadora principal do projeto.

«Parte da missão da APCL é ajudar os doentes com patologias hematológicas, apoiando-os e às suas famílias, mas também trabalhar na procura do aumento do conhecimento científico. Neste sentido, aguardamos com expetativa os resultados que este estudo piloto trará, no sentido de complementar o diagnóstico, prognóstico e monitorização de doentes com mieloma múltiplo, de uma forma não invasiva, no apoio à avaliação da resposta ao tratamento, mas também na deteção precoce de recaídas», esclarece Manuel Abecassis, Presidente da APCL.

«Felicitamos os vencedores deste prémio, por esta distinção, mas especialmente pela novidade que apresentam. Reconhecemos neste projeto a abordagem a uma lacuna fundamental no estudo do mieloma múltiplo, a falta de biomarcadores preditivos independentes da avaliação tumoral que permitam monitorizar a progressão da doença e a resposta ao tratamento. Acreditamos que poderão ser dados passos importantes nesta área», reforça João Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia.

«É com grande entusiasmo que continuamos a fazer parte desta iniciativa. Ano após ano, os resultados alcançados pelos projetos selecionados são o motor para continuarmos a apoiar novas investigações.  Temos consciência da importância do financiamento para que seja possível fazer uma diferença positiva na vida dos doentes com mieloma múltiplo» afirma Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen Biofarmacêutica.

A iniciativa representa um importante incentivo a investigadores nacionais ou estrangeiros trabalhando em instituições portuguesas na área do diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo. Trata-se de uma patologia em que a investigação, nas suas várias vertentes, vai de encontro às necessidades dos doentes. Em Portugal, representa a segunda neoplasia hematológica mais frequente estimando-se em cerca de 544 o nº de novos casos por ano, com maior incidência a partir dos 50 anos.

Fonte: 
Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL)
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL)