Estudo conclui que lítio encontrado em carne bovina e cereais pode retardar efeitos de doenças neurodegenerativas
O artigo teve como líder de pesquisa o membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Redilat, professor na Universidad Santander Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues e como segundo autor o professor chefe do Departamento de Saúde da Idaho State University (EUA), o cientista Henry Oh.
Proteína Tau: o que é?
Conforme aponta o estudo, a proteína Tau faz parte da família das proteínas associadas aos microtúbulos e a sua principal função é a de estabilizar os microtúbulos pela agregação da tubulina.
Essa proteína atua no controlo da dinâmica dos microtúbulos durante a maturação e o crescimento dos neuritos, sendo considerada a maior proteína do citoesqueleto e sua hiperfosforilação tem consequência nas funções biológicas e morfológicas nos neurónios.
Proteína Tau e as doenças neurodegenerativas: qual a ligação?
De acordo com os autores, o objetivo do estudo foi compreender as funções da proteína Tau, como também a sua relação com as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Múltipla.
Essas doenças atacam diretamente o sistema nervoso. Conforme o estudo, a característica principal e mais comum entre as doenças desse tipo é, justamente, a morte dos neurónios.
Diante dos estudos, os autores concluíram que as proteínas Tau são abundantes nos neurónios do sistema nervoso central e responsáveis pela estabilidade dos microtúbulos e quando possuem defeito, não estabilizam bem esses microtúbulos, levando ao aparecimento do estado de demência.
Os professores concluíram que, a partir da ligação do mineral lítio, encontrado nos cereais, carne bovina, ovos e verduras, existe um efeito neuro protetor que é capaz de inibir uma enzima que tem papel importante na degradação de neurónios.
Artigo publicado: https://ciencialatina.org/index.php/cienciala/article/view/1734