Estratégia de utilização de máscaras está a ser reavaliada, afirma Diretora geral da Saúde

“Esta é uma daquelas estratégias que está em contínua avaliação e adaptação à evidência e à realidade. Estamos completamente abertos a essa discussão”, disse, em declarações aos jornalistas, na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19.
Esta avaliação, adiantou, é feita em coordenação com o Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções. “Há um grupo de peritos que nos aconselha nesta matéria, além da literatura internacional que vai surgindo”, explicou.
Sobre este tema, a Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que “as nossas recomendações têm sido sempre evolutivas, adaptativas e com base naquilo que são as recomendações internacionais”.
Neste momento, sublinhou, “há vários países que estão a fazer essa ponderação e nós naturalmente estamos atentos”. “Se a evidência e as condições o aconselharem, nós, Ministério da Saúde, recolheremos da Direção-Geral da Saúde a melhor informação técnica para podermos tomar decisões”, acrescentou.
Questionada sobre o alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) que diz que a população dos 20 aos 40 anos é a grande ameaça na transmissão da COVID-19, Graça Freitas explicou que “esta é a faixa etária em que as pessoas apresentam maior autonomia, mobilidade e capacidade de se movimentarem sem limitações”.
Como “esta é uma doença contagiosa, quanto mais as pessoas se movimentam por motivos laborais ou lúdicos, mais contactos têm umas com as outras e mais transmitirão a doença”. Por outro lado, existe uma política de proteção dos mais vulneráveis, pelo que tanto nos lares como nos domicílios “tendemos a ver algum resguardo das pessoas mais idosas”. Esta é, segundo da Diretora-Geral da Saúde, uma “possível explicação para esta dinâmica da doença”.