ESEnfC ajuda a capacitar chefias de enfermagem na Guiné-Bissau
A ESEnfC vai trabalhar em estreita ligação com a Escola Nacional de Saúde (ENS) deste país africano, no sentido de reunir as condições para a criação do curso de licenciatura em enfermagem nesta instituição.
Esta cooperação enquadra-se no projeto "Ianda Guiné Saúde - Reforço do Sistema de Saúde da Guiné-Bissau", apoiado com dois milhões de euros pela União Europeia e com um cofinanciamento de mais 140 mil euros do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, IP (Ministério dos Negócios Estrangeiros), entidade gestora, e da Fundação Calouste Gulbenkian.
«Este programa visa contribuir para a cobertura universal de saúde na Guiné-Bissau, através do fortalecimento da governação do sistema nacional de saúde e da melhoria da qualidade e quantidade dos seus profissionais de saúde», afirma Fernando Amaral, docente da ESEnfC que coordena esta prestação de serviços no "Ianda Guiné Saúde", com a colaboração, entre outros, dos professores Maria da Conceição Bento, Manuela Frederico Ferreira, Rui Baptista, Verónica Coutinho e Jorge Apóstolo.
Para Fernando Amaral, «tendo em conta as caraterísticas deste projeto, era exigido que os envolvidos tivessem o conhecimento suficiente dos sistemas de organização do ensino da saúde e da saúde, quer da Guiné-Bissau, quer de outros países».
«A ESEnfC entra no projeto por ter uma experiência acumulada de internacionalização, de participação, com outras escolas e universidades, nos processos de mudança dos seus perfis de formação de profissionais de enfermagem» e, «também, pela possibilidade de disponibilizar percursos de formação avançada de mestrado a guineenses», com cujas instituições já vem cooperando - assinou, em junho de 2017, um protocolo de cooperação com a ENS da Guiné-Bissau -, explica, ainda, o especialista em Gestão e Economia da Saúde.
O projeto "Ianda Guiné Saúde" prevê, também, a formação de médicos guineenses, nas áreas da cirurgia, cirurgia ginecológica, anestesiologia e saúde pública. Contando com vários parceiros locais, o projeto "Ianda Guiné Saúde" é apoiado, em Portugal, pela Fundação Calouste Gulbenkian, pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, pela ESEnfC, pela Direção-Geral de Saúde, pela Escola de Medicina da Universidade do Minho, pelos hospitais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo, bem como pela Ordem dos Médicos.
Serão beneficiários diretos do projeto, que tem um horizonte temporal de três anos (2020-2023), diretores e equipas técnicas do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau, quadros e professores da ENS, médicos de clínica geral do Serviço Nacional de Saúde, o Hospital Nacional Simão Mendes e hospitais regionais.