Competitividade salarial do setor é superior à do mercado geral em 19%

Empresas da área farmacêutica apontam inflação como fator decisivo para aumentos salariais

Mais de metade das organizações do setor das ciências da vida, ciências médicas e farmacêuticas apontam a inflação enquanto fator decisivo para a definição de aumentos salariais. A conclusão é do estudo divulgado pela Mercer Portugal – “Total Compensation: Life Sciences” –, que analisa as principais tendências de benefícios e compensação neste setor. Os dados revelam que a previsão de aumentos salariais para o próximo ano situa-se nos 3,6%, com cerca de 20% das empresas a confirmarem a intenção de aumentar o número de colaboradores ainda em 2023. Numa análise à competitividade salarial do setor, o estudo concluiu que a remuneração média se situa 19% acima do mercado geral.

O estudo “Total Compensation: Life Sciences” tem por base a análise de mais de 300 funções, desde as mais transversais a outras mais específicas do setor, e contou com a participação de 75 entidades presentes no mercado português.

A remuneração variável mantém-se enquanto principal tendência, sendo que a totalidade das entidades inquiridas afirma atribuir Bónus Anual. Neste âmbito, 84,8% indicam ter definida uma política de incentivos às vendas, mas apenas 17,8% optam pela distribuição de lucros da organização. Por sua vez, os incentivos a longo prazo são atribuídos pela maioria (63,2%) das empresas. A atribuição deste tipo de benefícios é mais frequente nas funções com maior nível de responsabilidade. Nas várias tipologias de remuneração variável analisadas a prevalência é sempre superior à observada no mercado geral (Bónus anual +13%; Incentivos de Vendas +27%; Incentivos de Longo Prazo +35%)

O estudo analisa também a atribuição de benefícios de reforma, sendo este um incentivo oferecido por 52,3% das organizações, das quais 5,6% preveem a possibilidade de reforma antecipada, ainda que com penalidades.

O seguro de saúde continua a ser um dos principais benefícios atribuídos, estando previsto no plano de 95,5% das organizações. Dos benefícios seguros, seguem-se o seguro de vida e o seguro de acidentes pessoais, que são oferecidos por 88,1% e 39,5% das empresas, respetivamente.

A atribuição de carro de serviço (91,1%) e de subsídio de alimentação (82,5%) são também dos benefícios mais frequentemente oferecidos pelas organizações do setor, seguindo-se a atribuição de um telemóvel de serviço e Internet (79,1%), bónus de referência em novos recrutamentos (61,5%), prémios de antiguidade ou pagamentos aquando do término do contrato (61,4%), cobertura de despesas associadas à formação e educação dos colaboradores (61%), seguro de viagem (59%), dias de férias adicionais ao legalmente previsto (59,5%), bem como descontos em produtos da empresa (52,5%).

O estudo “Total Compensation: Life Sciences”, desenvolvido pela Mercer, é o estudo de referência sobre tendências de compensação e benefícios do mercado português no setor, fornecendo aconselhamento estratégico e tático, sendo uma ferramenta crucial no suporte à tomada de decisões informadas e eficazes das organizações portuguesas.

Fonte: 
Mercer
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock