Eficácia da dose de reforço da vacina contra Covid-19 cai ao fim de quatro meses

O CDC recomenda injeções de reforço para todos os indivíduos com 12 anos ou mais, cinco meses depois de terem recebido duas doses de Comirnaty da Pfizer/BioNTech ou da Moderna, ambas vacinas à base de mRNA, ou dois meses após uma dose única da vacina da Johnson & Johnson. Dados preliminares de Israel e do Reino Unido deram a entender que a eficácia da vacina de reforço diminui dentro de alguns meses, mas as novas conclusões do CDC oferecem a primeira evidência real de uma diminuição da eficácia do reforço nos EUA.
Olhando para dados de 10 estados dos EUA, os investigadores estimaram quão bem as doses de reforço - Comirnaty ou Spikevax – ajudaram a diminuir as consultas de urgência ou hospitalizações por Covid-19. Os investigadores focaram-se no período de agosto de 2021 a janeiro de 2022, período fortemente dominado pela variante Delta.
Durante o período predominante da Ómicron, a partir de 20 de dezembro de 2021, a eficácia da vacina contra as hospitalizações associadas à Covid-19 foi de 91%, nos dois meses seguintes a uma terceira dose, mas caiu para 78% no quarto mês. Os resultados mostraram ainda que a proteção se desvaneceu mais na prevenção de deslocações aos serviços de urgência, passando de 87% nos primeiros dois meses após uma terceira dose, para 66% ao fim de quatro meses. Declinou apenas 31% ao fim de pelo menos cinco meses, mas o CDC alertou que a descoberta era "imprecisa porque poucos dados estavam disponíveis".
Durante todo o período de cinco meses analisado por cientistas do CDC, 43% dos doentes hospitalizados com Covid-19 não foram vacinados, 45% receberam duas doses e 12% receberam as doses de reforço, avança o organismo.