Estudo

Despesas de saúde não são prioridade para os portugueses

No âmbito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala amanhã, a Intrum os dados do seu estudo European Consumer Payment Report, procurou analisar qual a relevância atribuída aos gastos com a saúde pelos consumidores portugueses, constatando que a saúde não surge como a principal prioridade para a generalidade dos consumidores portugueses, onde apenas 5% dos inquiridos afirma priorizar as despesas da saúde no seu dia-a-dia.

A ocupar o lugar de destaque de prioridades, encontramos as despesas com água, gás e eletricidade (29%), seguidas das obrigações com hipotecas (23%) e rendas de habitação (23%). Por outro lado, como setores menos prioritários surgem as compras online (1%), os custos com cuidados infantis (3%) e as despesas com acesso à Internet (3%).

Os dados revelam que apenas 5% dos portugueses considera o setor da saúde como a principal prioridade nos seus gastos mensais. Mesmo assim, este número é superior ao registado no ano anterior (4,4%) e vai ao encontro da média europeia (também 5% em 2022).

Se estivessem numa situação em que não havia alternativa senão falhar o pagamento de uma conta/fatura, 13% dos inquiridos portugueses revelaram que escolheriam não pagar as faturas relativas a despesas de saúde. Valor em linha com a média europeia (13%). As faturas com maior probabilidade do seu pagamento ficar para trás e que figuram no topo da lista, são as relativas a serviços de internet e compras online – ambas com 40%.

Luís Salvaterra – Diretor-Geral da Intrum Portugal – alerta ainda que “A deterioração contínua do ambiente económico está a afetar os consumidores tanto material quanto mentalmente. O nosso estudo mostra uma deterioração significativa nas finanças do consumidor, com um número cada vez maior de pessoas a lutar por pagar as suas contas, sendo forçadas a tomar decisões sobre quais vão incumprir. Sem dúvida, veremos mudanças marcantes nos gastos e no comportamento do consumidor como resultado destas pressões. A inflação generalizada e o aumento das taxas de juros continuam a ser uma grande preocupação. ”

 

Fonte: 
Unimagem
Nota: 
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