Aumento de casos

Covid-19: Doentes internados vão aumentar nos próximos dias

Segundo as projeções do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) a partir de 04 de novembro, estima-se que o número de doentes internados em enfermaria suba até aos 2.634 e nas Unidades de Cuidados Intensivos atinja os 444. Dados que a Ministra da Saúde revelou numa conferência de imprensa em que detalhou a capacidade de resposta do SNS à pandemia.

Este aumento é justificado pelo crescimento do número de novos casos registado nas últimas semanas, que incidiu particularmente sobre as pessoas com idades entre os 20 e os 39 anos e com mais de 85 anos.

Sobre a capacidade de resposta, a governante detalhou o número de ventiladores disponíveis no SNS: 1.889 em outubro, mais 747 do que no início da pandemia em Portugal, elevando-se o programa centralizado de equipamento em UCI a 60 milhões de euros.

Já a capacidade em termos de recursos humanos totaliza 140.882 profissionais, mais 5.459 do que em setembro de 2019 e que traduz um crescimento de 15.425 profissionais entre 2015 e 2019.

Portugal é já o 10º país entre a União Europeia no que se refere ao número de testes por habitante, com a capacidade laboratorial instalada, uma rede de 111 laboratórios, a permitir um total de 3,2 milhões de testes acumulados.

De salientar ainda, a resposta que tem sido dada pelo Centro de Contacto SNS 24, que já atendeu um total de 2.415.865 de chamadas de utentes. A Linha de Aconselhamento Psicológica, lançada a 1 de abril, atendeu já 45.641 chamadas, e a Linha de Atendimento para Surdos um total de 468 chamadas atendidas.

Nesta conferência, Marta Temido adiantou, ainda, que doentes não-covid-19 que vejam consultas, exames ou cirurgias no Serviço Nacional de Saúde (SNS) serem desmarcados face ao agravamento da pandemia vão ser encaminhados para os setores privado e social.

A governante sublinhou que a recuperação da atividade assistencial a doentes com outras patologias tinha “apenas um diferencial de 600.000 consultas entre urgentes e não urgentes em cuidados de saúde primários até setembro face ao período homólogo, num volume de 31 milhões”, mas reconheceu que o aumento exponencial de casos pode voltar a condicionar a resposta do SNS.

 

Fonte: 
SNS
Nota: 
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