Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV) debate a descarbonização da indústria no maior evento do setor
O programa das jornadas vai trazer à discussão tópicos fundamentais para o futuro empresarial do setor da cerâmica. Temas como a descarbonização, a economia circular e a indústria 4.0 serão as prioridades do debate sobre a indústria.
A iniciativa vai contar com mais de meio milhar de participantes, incluindo entidades governamentais e grandes empresários do setor. O Secretário de Estado da Energia, João Galamba, fará parte dos intervenientes da mesa redonda onde se procurará compreender como se poderá enfrentar os desafios da descarbonização da indústria em Portugal. Renaud Batier, Diretor Geral da Cerame-Unie – Associação Europeia da Indústria Cerâmica - também estará presente e apresentará, por videoconferência de Bruxelas, o novo Plano Estratégico para a Indústria Cerâmica 2050, ao nível europeu.
A Sociedade Espanhola de Cerâmica e Vidro vai ainda dar nota de como está a indústria espanhola a responder à subida dos preços da Energia e aos desafios da Descarbonização.
A redução das fontes de emissão de CO2 ou dos consumos energéticos é um dos desafios mais críticos e mais complexos na indústria do setor cerâmico. Segundo Jorge Marques dos Santos, Presidente do Conselho de Administração do CTCV, “é urgente apostar em novas formas de energia, adotar práticas efetivas de eficiência energética, matérias-primas ou novos produtos com adoção de processos de cozedura que impliquem menores consumos. A redução dos impactes ambientais, através de simbioses industriais e outras práticas de economia circular e ecodesign, bem como o controlo e redução no consumo de matérias-primas primárias, privilegiando a procura de soluções alternativas que promovam a incorporação de outros recursos ou subprodutos, que não comprometam a qualidade dos produtos cerâmicos, deverá ser outra das áreas de desenvolvimento tecnológico do setor”, refere o responsável.
Num período que se prevê que seja de recuperação da economia, com o lançamento de instrumentos financeiros de apoio como o PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, os custos energéticos e as metas de descarbonização trazem preocupações acrescidas às empresas. Mas a redução de consumos, ou as metas da descarbonização, não são os únicos fatores de competitividade. A aposta em novos produtos, novos processos, utilização de subprodutos ou recurso a simbioses industriais, bem como as novas abordagens ao mercado e a ligação a entidades do sistema de I&D, são fatores que reforçam a competitividade das empresas.
A sessão de abertura terá lugar no dia 18 de novembro, pelas 09h30, e conta com a presença do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, e do secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves.