Anemia durante a gravidez é potencialmente perigosa

Carência de ferro pode ser mais frequente durante a gravidez

A carência de ferro é a causa mais frequente de anemia, condição com uma prevalência na população portuguesa de cerca de 20%. Esta realidade é já classificável como um problema de Saúde Pública.

A deficiência de ferro tem uma maior prevalência nas mulheres do que nos homens. Há fases da vida da mulher em que as necessidades de ferro são acrescidas: durante a adolescência com o aparecimento da menstruação e, particularmente, durante a gravidez, com uma prevalência de anemia de cerca de 54%. 

Na gravidez, a carência em ferro ocorre muito frequentemente devido a um aumento fisiológico de cerca de 35% da massa de glóbulos vermelhos (eritrócitos) e um aumento de 40 a 50% do volume plasmático. Há, igualmente, um aumento progressivo das necessidades de ferro durante o 2º e 3º trimestres da gravidez, devido ao desenvolvimento do feto, da placenta e tecidular materno. Por outro lado, podem ocorrer perdas normais de sangue e, por vezes, hemorragia durante o parto.   

A anemia durante a gravidez é potencialmente perigosa, porque pode provocar alterações importantes no desenvolvimento cognitivo do bebé e associa-se a desfechos perinatais desfavoráveis. 

A carência de ferro é um problema muito comum para a mulher e de extrema importância. As situações comuns que implicam maior necessidade de ferro devem ser vigiadas e devidamente corrigidas, com destaque para infância, adolescência e gravidez, onde o défice pode ter consequências muito graves. Existem atualmente inúmeras alternativas para a suplementação com ferro. O uso do ferro heme é uma mais-valia, porque permite aumentar a adesão devido a menores efeitos secundários, com uma taxa de absorção entre os 15% a 35%, que é superior ao ferro não heme (normalmente o mais utilizado). 

O ferro é um mineral essencial, importante para várias funções do organismo. Contribui para a formação normal de glóbulos vermelhos e de hemoglobina, e para o transporte normal de oxigénio no organismo. O ferro contribui, ainda, para um normal metabolismo produtor de energia e para a redução do cansaço e da fadiga. 

A carência de ferro no organismo pode fazer sentir-se através de alguns sinais como cansaço, tonturas, dores de cabeça constantes ou exaustão. 

Fonte: 
Dinamica
Nota: 
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